Geração

Investidores em eólica e solar comemoram leilão de energia nova; Setor de biomassa esperava contratação maior

Divulgação Cemig
Divulgação Cemig

Os investidores em geração de energia eólica comemoraram o resultado dos leilões de energia nova A-3 e A-4, realizados na quinta-feira, 8 de julho. Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a viabilização de 33 projetos eólicos, totalizando quase 420 megawatts (MW) de capacidade, reflete o atual momento do mercado de energia do país, caracterizado pela sobrecontratação das distribuidoras.

“Embora tenha sido um valor pequeno se compararmos com leilões anteriores, precisamos considerar o cenário econômico em que estamos e avaliar que tivemos um resultado coerente e conseguimos viabilizar um bom número de projetos para o momento”, afirmou a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, em nota.

Na mesma linha, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) celebrou o resultado dos leilões, mas entende que a fonte solar poderia ter sido mais contemplada nos certames, beneficiando assim o consumidor, com preços mais baixos. Ao todo, foram contratadas sete usinas solares fotovoltaicas.

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“Se o governo federal tivesse contratado o dobro de energia da fonte solar nestes dois leilões, reduzindo a energia comprada de fontes mais caras, teria economizado aos consumidores brasileiros pelo menos R$ 126,8 milhões nos próximos 20 anos”, disse o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, em nota.

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A Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) também criticou o baixo números de térmicas a biomassa negociadas nos certames. Apenas cinco projetos do tipo foram contratados nos leilões de ontem.

“O Brasil vive um momento de preocupante crise hídrica, com o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste-Centro-Oeste chegando, neste início de julho, a 28% da capacidade de armazenamento”, afirmou o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho, em nota. “A contratação de um volume maior de energia das usinas movidas a biomassa poderia dar mais equilíbrio ao SIN [Sistema Interligado Nacional], ampliando a segurança energética”, completou.

(foto: Divulgação Cemig)

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