Hidrelétricas

Limitações na transmissão impedem exportação de vertimento turbinável

Verdedouro da usina hidreletrica de Salto Santiago
Exportação de vertimento turbinável possibilita que hidrelétricas tenham receita mesmo em situações em que a água dos reservatórios seria "desperdiçada"

Ao longo de fevereiro, o Brasil realizou a exportação comercial de energia quase todos os dias aos países conectados ao Sul, com despacho máximo de 2.150 MW para a Argentina e envio máximo de 500 MW ao Uruguai, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Durante o primeiro dia do Programa Mensal da Operação (PMO) de março, nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, os técnicos do operador destacaram, porém, que a maior parte da energia exportada foi gerada por termelétricas. Houve exportação de vertimento turbinável pelas hidrelétricas, mas limitado à capacidade de transmissão do Norte ao restante do país.

Isso aconteceu porque houve vertimento turbinável em usinas hidrelétricas do Norte, mas este não foi “transmissível” ao Sul.

Volta de Belo Monte e Venezuela

A capacidade de exportação máxima em um dos bipolos de Belo Monte foi retomada desde 13 de fevereiro, depois de quase 20 dias limitada após uma tempestade derrubar torres de transmissão no Pará no fim de janeiro. Antes disso, pela limitação na transferência de energia do Norte ao Sudeste, houve acionamento do mecanismo de resposta da demanda, mas desde que a linha foi retomada o ONS não precisou da função.

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Os técnicos do ONS destacaram ainda durante o PMO que em fevereiro, foi iniciada ainda a importação de até 15 MW da Venezuela para abastecimento de Roraima, único estado completamente isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN).

No segundo dia da importação, uma falha na linha de transmissão provocou um apagão em Roraima, ainda que a importação tenha sido limitada aos 15 MW para evitar justamente risco de problemas na rede.

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