
O preço médio da energia solar residencial no Brasil caiu 3% no segundo trimestre de 2025, segundo levantamento do Radar, indicador trimestral desenvolvido pela Solfácil para acompanhar a variação de preços no setor.
No período, o preço médio nacional por Watt-pico (R$/Wp), unidade que indica o custo da potência instalada, ficou em R$ 2,51. A redução foi registrada em quase todas as faixas de potência analisadas.
Entre os estados com menor custo para instalar sistemas de energia solar distribuída estão: Acre (R$ 2,24/Wp), Alagoas (R$ 2,27/Wp), Mato Grosso do Sul (R$ 2,31/Wp), Mato Grosso (R$ 2,34/Wp) e Rondônia (R$ 2,36/Wp).
Na outra ponta do ranking, aparecem os estados: Pará (R$ 2,94/Wp) – com redução de 5% na comparação com o trimestre anterior -, e Minas Gerais (R$ 2,77/Wp), também com queda de 2% entre os trimestres. Rio Grande do Sul e Distrito Federal mantiveram os custos do 1T25, respectivamente, de R$ 2,72/Wp e R$ 2,64/Wp.
Mesmo com dois estados nas primeiras posições do ranking, a média da região Norte acaba representando o custo mais elevado do país, com média de R$ 2,68/Wp, puxada principalmente pelos preços no Pará.
Conforme levantamento da Solfácil, a região Centro-Oeste segue com o menor custo para quem quer instalar energia solar, com preço médio de R$ 2,40/Wp. O Nordeste aparece em seguida, com R$ 2,45/Wp, depois o Sul, com média de R$ 2,50/Wp, enquanto o Sudeste teve alta de 1% no trimestre e fechou em R$ 2,52/Wp.
Energia solar mais barata
Segundo a Solfácil, mesmo com o aumento no preço dos equipamentos, por causa da nova taxa de exportação sobre painéis solares na China, a energia solar ficou mais barata para o consumidor. Isso aconteceu porque os integradores apertaram suas margens de lucro para manter os preços competitivos.
Além disso, a empresa destaca que houve queda no preço do polissilício, principal matéria-prima usada na fabricação das placas solares, o que ajudou a compensar os aumentos e reduziu o valor final do sistema.
“Os preços ainda estão abaixo dos níveis de 12 meses atrás. No Brasil, os sistemas fotovoltaicos são extremamente acessíveis, com payback inferior a três anos. Nenhum outro mercado no mundo oferece um retorno tão rápido”, afirma Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.
Essa queda beneficia quem quer gerar sua própria energia, mas pressiona o lucro das empresas instaladoras.