
A capacidade instalada de geração de energia do país deve crescer 36 GW até 2029, totalizando 268 GW. Com isso, a micro e minigeração distribuída (MMGD) sairá de 18% em 2025 para 24% da matriz elétrica ao final de 2029.
A projeção consta nos resultados do Plano da Operação Energética (PEN 2025) – horizonte 2025-2029, apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta terça-feira, 8 de julho.
Considerando 34,8 GW de capacidade instalada da MMGD solar no Sistema Interligado Nacional (SIN) em dezembro de 2024, o ONS estima uma evolução para 56,6 GW em dezembro de 2029.
“Do ponto de vista da oferta, a expansão, ao longo desses cinco anos, é predominantemente explicada, pelo crescimento, da maior para a menor, da geração solar descentralizada (MMGD), depois pela geração solar centralizada e geração eólica”, contou Alexandre Zucarato, diretor de Planejamento do ONS.
Maior crescimento da MMGD
Com o maior crescimento da MMGD, as demais fontes perdem espaço na matriz, mesmo com o incremento de capacidade instalada. A hidráulica deverá sair de 41% ao final de 2025 para 38% em 2029; a eólica, de 15% para 13%, e as térmicas de 9% para 7% da matriz.
A fonte eólica deve partir de 32,6 GW de dezembro de 2024 para 36 GW em 2029. Na geração centralizada solar, a capacidade deve saltar de 16,6 GW para 24,1 GW, com o maior crescimento em Minas Gerais, de 7 GW.
Zucarato lembrou que no estudo, assim como no processo do Programa Mensal da Operação (PMO), o operador representa a saída da geração termelétrica em função da finalização de contratos do ambiente regulado ou do ambiente de reserva, se for o caso, e a entrada das demais térmicas.
Na apresentação, o ONS destacou o recorde de instalações de MMGD solar em 2024, de 9,5 GW. Para os próximos anos, a expectativa é de um crescimento médio anual de 5,3 GW.
Entre os motivos para essa forte expansão está a sobreoferta de módulos fotovoltaicos no mercado, levando a uma redução do custo de investimentos dos projetos.