A capacidade instalada de sistemas de geração distribuída implantada por produtores rurais cresceu 50% nos últimos sete meses, adicionando 500 MW, e alcançando um total de 1,5 GW no campo. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), que aponta que o volume adicionado de outubro de 2021 a maio deste ano seria suficiente para atender ao consumo de 750 mil habitantes
“Além do custo alto da energia, há a janela de oportunidade para novos projetos instalados em 2022, por conta da gratuidade da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd), garantida no novo marco legal da geração distribuída, também tem influência no resultado”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da ABGD.
A exemplo de outras modalidades de consumo (residencial, industrial e comercial) a energia solar é a mais presente nos sistemas de geração distribuída no campo, respondendo por 96,2%. As outras fontes presentes, todas renováveis, são termelétricas (2,7%) e CGHs (1%).
“Além da expansão da energia solar, a geração distribuída tem potencial de crescimento com as demais fontes”, acrescentou Chrispim, referindo-se à regulamentação das usinas híbridas.
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Para ele, esse conjunto de fatores fará com que o campo seja responsável pelo maior incremento porcentual de sistemas de GD. Comparativamente, o crescimento de geração distribuída para consumidores comerciais, no mesmo período, foi de 20%.
A disponibilidade de um curso d’água em propriedades rurais é uma das possibilidades de geração de energia, por meio de pequena central hidrelétrica. Nas culturas em que há passivos ambientais, como a vinhaça da cana-de-açúcar, ainda é possível instalar usinas que transformam gases do efeito estufa em energia.
“A conjugação dessas fontes com os sistemas fotovoltaicos será cada vez mais comum, o que trará ganhos para o meio ambiente”, afirma Chrispim. Segundo os cálculos da ABGD, o total de 1,5 GW em geração distribuída evitam a emissão de 610 mil toneladas de gás carbônico, anualmente.
