A Neoenergia avalia incluir a termelétrica a gás natural Termopernambuco no leilão de contratação de reserva de capacidade previsto pelo governo para este ano, afirmou o diretor-presidente da companhia, Mario Ruiz-Tagle, nesta sexta-feira, 7 de maio. A medida é uma das alternativas em estudo pelo grupo para o futuro da usina, que ficará descontratada nos próximos anos.
“Termopernambuco é uma usina de uma excelente performance operacional, de custo muito eficiente de produção. E estamos estudando, considerando que nos próximos anos vencerá o seu contrato, a possibilidade de prorrogar sua vida útil, devido aos investimentos que foram feitos durante toda a sua operação”, disse o executivo, em teleconferência com analistas e investidores, sobre o resultado do primeiro trimestre de 2021. “Estamos estudando todas essas alternativas que vamos ter, tanto de venda de energia, participando de leilão por demanda, quanto de reserva de capacidade”, completou.
Ruiz-Tagle contou ainda que a Neoenergia pode vender o projeto de uma segunda termelétrica ao lado de Termopernambuco. Também não está descartada a venda da própria Termopernambuco. “A possibilidade de venda nunca é descartada. Se temos uma boa oferta, temos que fazer a rotação de ativos e enxergar maior potencial de geração de valor para o grupo”, afirmou.
Dívida
Durante o encontro virtual, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Neoenergia, Leonardo Gadelha, disse que deve ser concluída na próxima semana uma captação de R$ 700 milhões, por meio de debentures, pela Elektro, distribuidora do grupo que atende o interior de São Paulo.
A ideia é alongar o período dessa dívida, fazendo o pré-pagamento de uma debenture nesse valor este ano e emitindo uma nova, com prazo de até sete anos, ao custo do CDI.