Ocorrência em linha de Itaipu e frustração da geração eólica levam a despacho de termelétricas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) intensificou o despacho de termelétricas fora da programação na quarta-feira, 25 de outubro, por conta da frustração da geração eólica no Nordeste em relação ao programado e pelo desligamento de uma linha de transmissão que envia energia da hidrelétrica de Itaipu ao Sudeste. A previsão de retorno da linha é amanhã, 27 de outubro. As informações foram divulgadas durante o primeiro dia da reunião do Programa Mensal da Operação (PMO).

O desligamento se deu na LT 765 kV Itaberá/Tijuco Preto C2, com impacto na geração de Itaipu e no intercâmbio entre Sul e Sudeste. 

Além do problema em Itaipu, o aumento da geração termelétrica foi necessário por conta da carga elevada, principalmente no Nordeste, e pelo fato de que as eólicas tiveram uma geração aquém do que era previsto.

Para selecionar essas usinas, o ONS avaliou o custo das termelétricas que podem ser ligadas e desligadas rapidamente, para cobrir apenas o horário de ponta da carga.

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Nos últimos dias, o PLD tem descolado do piso de R$ 69,04/MWh pela carga elevada, geração eólica mais baixa, além da parada para manutenção de alguns empreendimentos, como da usina nuclear de Angra 2, de 1.350 MW, parada desde 24 de setembro para reabastecimento do combustível. A usina de Angra 1, que tem mais 640 MW, irá parar sua operação no dia 28 de outubro também para manutenção.

Segundo o ONS, na próxima semana, como haverá um feriado prolongado a partir de quinta-feira, 2 de novembro, a expectativa é que a carga fique mais baixa. Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, contudo, o ONS vai avaliar as condições da operação, principalmente da geração eólica, para verificar se há necessidade de despacho adicional de termelétricas para atendimento da ponta.

O ONS está ainda com o programa de resposta da demanda aberto para receber ofertas nos horários de pico de carga. Até o momento, foram feitas ofertas apenas para dias em que não havia necessidade de recursos, mas essa pode ser uma alternativa para evitar o despacho de termelétricas.