A Omega Geração anunciou ontem, 23 de agosto, que assinou um acordo vinculante para adquirir 50% dos complexos eólicos Ventos da Bahia 1 e 2, de 182,6 MW, da EDF Renewables. A geradora informou ainda que está avaliando a aquisição de outro ativo, de 260 MW, e também a implantação de projetos eólicos da Omega Desenvolvimento de 200 MW.
Para financiar os investimentos, a Omega Geração anunciou também ontem uma oferta subsequente de ações, que vai consistir na emissão de, inicialmente, 17,3 milhões de novas ações, montante que pode ser acrescido em até 35%, dependendo da demanda.
O montante equivale a um aumento de 10,2% nas ações atuais e pode levantar algo próximo de R$ 650 milhões, considerando o preço de fechamento das ações da companhia na sexta-feira, 21 de agosto, de R$ 37,42. Com os lotes adicionais, o total subiria para R$ 877,5 milhões.
Em relatório assinado pela analista Carolina Carneiro, o Credit Suisse avaliou os movimentos como positivos, ao reforçarem a estratégia da companhia de crescer por meio da aquisição de ativos atrativos.
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A participação de 50% nos empreendimentos Ventos da Bahia 1 e 2 foi avaliada em R$ 661,7 milhões, sendo aproximadamente 55% em dinheiro e o restante em assunção de dívida de longo prazo.
Considerando o fator de capacidade divulgado dos ativos (P90 em 48%), os preços de energia e as premissas de custos operacionais e custa da dívida, o Credit Suisse calcula que a taxa interna de retorno do empreendimento é de 10,1%, adicionando R$ 189 milhões ao valor da companhia.
Em relação ao empreendimento de 260 MW cuja aquisição está sendo avaliada, a Omega Geração informou que tem exclusividade na realização de diligência até dezembro desse ano para submissão de uma proposta.
Assumindo que esse empreendimento, assim como os 200 MW em negociação com a Omega Desenvolvimento, tenha uma taxa interna de retorno de 10%, o Credit Suisse concluiu que a Omega Geração pode gerar mais de R$ 1 bilhão em valor presente líquido com os negócios.
