Clusterização

ONS muda metodologia do curtailment na Bahia

Transição energética com renováveis/ Crédito: Pixabay
Cortes de renováveis ficarão mais equilibrados com a mudança, segundo ONS | Foto: Pixabay

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou a implementar ontem, 28 de novembro, uma mudança na metodologia dos cortes de geração eólica e solar fotovoltaica na Bahia, a fim de distribuir de forma mais equilibrada as restrições, conhecidas pelo termo em inglês curtailment.

Em setembro, a mudança foi implementada no Ceará e no Rio Grande do Norte, onde a aplicação da chamada clusterização resultou numa distribuição mais equilibrada dos cortes e aprimorou a confiabilidade elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN). O operador avalia ainda expandir a metodologia para outras regiões, para utilizar de forma mais eficiente os recursos eletroenergéticos distribuídos.

Até então, os cortes eram individualizados, fazendo com que as restrições ficassem, muitas vezes, concentradas em determinados agentes. Com a clusterização, grupos de geradores com impactos semelhantes no fluxo de potência podem ser controlados simultaneamente.

No caso da Bahia, a clusterização está sendo direcionada especificamente às restrições relacionadas ao Fluxo Bahia em sua região Sudoeste (FBASO) e ao controle de carregamento dos Capacitores Série das LTs 500 kV Rio das Éguas – Barreiras II C2 e C5, em casos de contingência de um desses circuitos.

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Segundo o ONS, as restrições de geração por razões de confiabilidade são medidas operativas necessárias para respeitar limites da rede de transmissão, de modo a garantir a operação segura do SIN. Sem a clusterização, os geradores com maior sensibilidade elétrica no controle de limites são os primeiros a serem restritos, podendo provocar desequilíbrios acentuados no ponto de operação com potenciais riscos à operação do SIN.