O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegarão ao fim do período úmido, em maio de 2022, com 55,9% de armazenamento, uma situação consideravelmente melhor que a de maio deste ano, quando estavam em 32,1%. A projeção considera que as chuvas repetirão a hidrologia de 2020 e 2021.
Num cenário mais otimista, que reproduz a hidrologia do período chuvoso de 2017 a 2018, os reservatórios chegariam a 58,9%. Os números foram apresentados hoje pelo diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, durante evento virtual com jornalistas.
No Sistema Interligado Nacional (SIN), a perspectiva é que, caso as chuvas deste ano se repitam, os reservatórios cheguem a 58% da capacidade. No cenário mais otimista, eles chegam a 62,1% em maio do ano que vem.
Apesar das projeções mais positivas em termos de chuvas, Ciocchi disse que o risco de racionamento “nunca está completamente afastado” uma vez que o risco é inerente à atividade de geração de energia. “O que cabe dizer é que, por razões hidrológicas, nos cenários em que trabalhamos agora, não vemos possibilidade de apagão ou risco de racionamento”, disse o diretor-geral.
Segundo ele, as previsões se justificam pelas medidas tomadas neste ano para preservar água nos reservatórios, e também por conta da expectativa de entrada de geração nova de energia no próximo ano, assim como de projetos de transmissão no Norte e no Nordeste. “Então, teremos aí uma situação em que teremos mais recursos e estaremos melhor preparados para enfrentar o desafio”, disse.