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Projetos por M&A e greenfield continuam na mesa de negociação, aponta AES Tietê

A AES Tietê acaba de fechar a aquisição do Complexo Eólico Ventus, com 187MW de capacidade, mas vai continuar de olho no mercado para novas aquisições por M&A e de projetos greenfield que tenham sinergia ao seu cluster eólico localizado no Rio Grande do Norte. A manutenção do interesse foi apresentada pelo presidente da AES Tietê Ítalo Freitas, em call com analistas sobre resultados.

As oportunidades de M&A devem continuar na mesa e somar ao acordo de compra já anunciado de 1,1 GW de projeto greenfield, do Complexo Eólico Cajuína. “A gente vê bons negócios no mercado brasileiro como o Ventus. Claro que M&A não é coisa rápida, você negocia e tem que ter uma interação muito grande com a contraparte, mas a gente vê bons projetos no mercado e vai estar atuante”, disse Freitas.

Para os projetos entrarem nos estudos da companhia devem, no entanto, seguir critérios relacionados à sinergia com o cluster, principalmente rentabilidade e critérios internos e operacionais, como compliance e outros.

Como algo que entende como uma forte tendência, a empresa também busca novos projetos de greenfield. “Está vindo muito forte, que são os PPAs de longo prazo corporativos. Esse é um mercado que a Tietê está atuando com muita força. Vale ver o ano passado quando fechamos com Anglo American e Unipar”, completou o presidente da AES Tietê.

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Em dezembro de 2019 a empresa fechou um Acordo de Compra e Venda de Energia (PPA) para o fornecimento de 79 MW médios pelo prazo de 15 anos para a empresa Anglo American Níquel Brasil, com entrega a partir de 2022. No mês anterior, a empresa havia formalizado sua parceria com a Unipar Carbocloro, com a criação de uma joint venture para o desenvolvimento de um parque eólico na Bahia, e um PPA de 20 anos de duração.

Como já fez em outras oportunidades, a AES Tietê não descarta o aumento da potência do Complexo Eólico Ventus. Segundo Ítalo Freitas, a empresa enxerga muitas oportunidades técnicas e financeiras no complexo, no entanto, um aumento de potência não aconteceria agora, já que os aerogeradores das usinas ainda estão em boas condições, são robustos, e não completaram o seu ciclo de vida útil.

“Tem como aperfeiçoar ainda mais e a região de Cajuína está muito adequada ao preço horário e em função disso a gente pode explorar ainda mais o parque e o potencial da região”, declarou.

Na apresentação desta quinta-feira, foi apontado que as máquinas mais antigas no Rio Grande do Norte, apesar de terem um fator inferior aos novos aerogeradores, ainda consegue atingir fator de capacidade de 35% que supera a média mundial.

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