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Reservas de gás natural permitem produção em larga escala de hidrogênio azul, diz Osório

Reservas de gás natural permitem produção em larga escala de hidrogênio azul, diz Osório

Nova fronteira para as energias renováveis, a produção de hidrogênio no Brasil deve avançar rapidamente, declarou o diretor do departamento Estudos Energéticos do Ministério de Minas e Energia (MME), André Osório, durante o evento “Do Apagão à Transição”, realizado nesta quarta-feira, 30 de junho, pela MegaWhat. E o desenvolvimento, segundo o diretor, deve partir, principalmente, do hidrogênio azul.

“Temos políticas e capacidades consolidadas em energias renováveis necessárias para a produção do hidrogênio verde, somos dotados de abundante reserva de gás natural o que permite a produção em larga escala de hidrogênio azul e turquesa”, disse Osório.

O hidrogênio azul é produzido a partir de gás natural, e de outros combustíveis fósseis sem captura, utilização e sequestro de carbono (CCUS). Dadas as reservas no país, o diretor do MME acredita que há condições para o Brasil se tornar ator relevante em hidrogênio, tanto em exportação quanto para atender o nosso mercado interno.

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Os desafios ficam por conta dos custos de produção e dos equipamentos associados à economia do hidrogênio que são elevados, além dos desafios logísticos em matéria de armazenamento, transporte e segurança, e a ausência de arcabouços legais e regulatórios adequados.

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Prova do que Osório chamou de “vocação do país”, grupos privados têm investido em pesquisa e desenvolvimento para a produção no Brasil. No início do ano, o grupo australiano Fortescue assinou memorando de entendimento para projetos industriais no Porto Açu, no Rio de Janeiro, prevendo uma usina de hidrogênio verde com 300 MW de capacidade instalada e potencial para produção de 250 toneladas de amônia verde por ano.

No Ceará, outro memorando foi assinado para o Complexo de Pecém, com estudos para fomentar as atividades de produção, armazenamento, distribuição e consumo de hidrogênio verde (H2V) no estado. O interesse também partiu de uma empresa australiana, a Enegix Energy, prevendo um investimento de U$ 5,4 bilhões.

Segundo o diretor do MME, a busca de soluções de engenharia que virão com esses estudos, como na fabricação de eletrolisadores nacionais, certamente terá um impacto positivo, ajudando a reduzir os custos.

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