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Revisão das garantias físicas das hidrelétricas deve considerar novo período crítico hidrológico

A homologação da hidrologia de 2020 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) configurou um novo período crítico para o cenário hidrológico do sistema elétrico brasileiro. A expectativa, de acordo com a Engie Brasil Energia, é que o novo período crítico seja considerado nos cálculos das premissas da revisão das garantias físicas das hidrelétricas do Mecanismo de Realocação de Energia, prevista para ocorrer em 2023. “Essa revisão vai acontecer em 2023. No ano de 2022, as premissas vão ser discutidas. E é muito importante que atualizemos corretamente os dados de entrada, as séries de vazões e a questão do período crítico”, afirmou o diretor de Regulação e Mercado da Engie Brasil Energia, Marcos Keller, na última sexta-feira, 10 de dezembro, em encontro virtual com investidores.

Divulgação Cemig
Divulgação Cemig

A homologação da hidrologia de 2020 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) configurou um novo período crítico para o cenário hidrológico do sistema elétrico brasileiro. A expectativa, de acordo com a Engie Brasil Energia, é que o novo período crítico seja considerado nos cálculos das premissas da revisão das garantias físicas das hidrelétricas do Mecanismo de Realocação de Energia, prevista para ocorrer em 2023.

“Essa revisão vai acontecer em 2023. No ano de 2022, as premissas vão ser discutidas. E é muito importante que atualizemos corretamente os dados de entrada, as séries de vazões e a questão do período crítico”, afirmou o diretor de Regulação e Mercado da Engie Brasil Energia, Marcos Keller, na última sexta-feira, 10 de dezembro, em encontro virtual com investidores.

“Quando incorporamos o ano de 2020 na base de dados do cálculo de garantia física, o modelo nos mostra que estamos configurando um novo período crítico”, completou o executivo, explicando que o novo período crítico passa a ser a série de 2012-2020. O período crítico anterior era a hidrologia de 1949 a 1956.

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Segundo o executivo, apenas a diferença temporal entre os dois períodos já indicaria a importância de se rediscutir o período crítico. “Podemos ter tanto mudança no regime de chuvas quanto na utilização dessa água que chega nos reservatórios”, completou.

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Estudo recente lançado pelo Instituto Acende Brasil ressaltou que a crise hídrica deste ano evidenciou a redução da produtibilidade das hidrelétricas.

No encontro com investidores da Engie Brasil Energia, o diretor presidente e de relação com investidores da empresa, Eduardo Sattamini, explicou a importância da utilização de um mesmo período para todas as hidrelétricas que compõem o MRE, para que ocorra a correta divisão dos montantes de energia do mecanismo.

Ele acrescentou que os estudos relativos à capitalização da Eletrobras ainda não incluíram a hidrologia de 2020, porque eles foram feitos antes da homologação pela ANA. “O estudo não podia ser feito com outra data, porque não existia ainda a homologação pela ANA da hidrologia de 2020. Acho que o governo tem o total entendimento de que ele precisa agora fazer essa modificação de forma a garantir que ele tenha os dados mais atualizados”.

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