Geração

Sinal locacional: relator tira processo da pauta para nova análise sobre estabilização de tarifa

Sinal locacional: relator tira processo da pauta para nova análise sobre estabilização de tarifa

A proposta de abertura de uma terceira fase da consulta pública nº 39/2021, que discute o aprimoramento da proposta de sinal locacional e a estabilização das Tarifas de Uso do Sistemas de Transmissão e de Distribuição para centrais de geração conectadas em 88 kV e 138 kV (Tust e Tusdg) foi retirada da pauta de deliberação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 14 de junho.

O motivo, segundo o diretor Hélvio Guerra, relator do processo, é a necessidade de analisar algumas contribuições recebidas durante a segunda fase, e até mesmo horas antes da reunião, que indicam que a estabilização das tarifas levaria a uma redução de custo marginal. 

“Nós estamos na busca de eliminar subsídios. Um ponto importante, e que muitas vezes não fica claro, é que o sinal de entrada é razoável, mas não tem um sinal de custo tão bom, e é isso que estamos tentando corrigir”, disse Guerra. 

A apresentação técnica do resultado da segunda fase da consulta pública, e encaminhamento para a terceira, apontou que o fim da estabilização tarifária do segmento geração pode dar um equilíbrio maior entre o sinal de entrada e o custo real, que conta influência da inflação após período de estabilização, evitando recálculos.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Na segunda fase foram recebidas 169 contribuições, das quais,37 foram aceitas, 66 aceitas parcialmente, e 51 não foram acatadas. A intensificação do sinal locacional foi o ponto de maior conflito quanto à proposta apresentada, tanto que recebeu 95 de todas as contribuições. 

“Vou retirar de pauta e devo trazer de volta muito rapidamente, talvez na próxima reunião, para trazer aquilo que é a minha melhor convicção”, justificou o diretor Hélvio Guerra, quanto à necessidade de aperfeiçoamento.

Sobre a CP nº 39/2021

Em sua primeira fase, que durou 90 dias, a CP contou com 156 contribuições de 27 representantes dos segmentos de geração e de consumo, das quais 33 foram acatadas, 51 acatadas parcialmente, 67 não acatadas e cinco consideradas fora do escopo.

Já a segunda etapa, foi instaurada pelo prazo de 45 dias, a contar de 30 de março. Na proposta colocada para contribuição, foi considerada a alternativa 1 A, de despacho proporcional e alocação de Receita Anual Permitida (RAP), ambos por submercado.

No caso das tarifas de geração, a agência considerou a alternativa 4, de uniformização de tratamento em todo o segmento, independente da comercialização de energia, com controles definidos por limites superiores e inferiores móveis e pelo risco de expansão da transmissão.

A proposta considera o processo de aprimoramento para o sinal locacional das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (Tust) e das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição para centrais de geração conectadas em 88 kV e 138 kV (Tusdg).