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Solar deve representar 60% da nova capacidade instalada global, aponta IEA

Solar deve representar 60% da nova capacidade instalada global, aponta IEA

O mundo acrescentou 295 GW de capacidade instalada em renováveis em 2021, superando os gargalos referentes à cadeia de suprimento, atrasos nos projetos e altos preços nas matérias-primas. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), a tendência para este ano é que sejam adicionados mais 320 GW, com a fonte solar fotovoltaica representando cerca de 60% desse total.

Na União Europeia, foram adicionados 36 GW em renováveis no ano passado e, segundo a IEA, os projetos dessas fontes já comissionados para 2022 e 2023 têm o potencial de reduzir a dependência do bloco do gás russo.

“Os recentes desenvolvimentos do mercado de energia – especialmente na Europa – provaram novamente o papel essencial das renováveis em garantir a segurança energética, além da sua efetividade em reduzir as emissões”, disse Fatih Birol, diretor-executivo da IEA.

Para a agência, o crescimento das renováveis na China, na União Europeia e na América Latina tem compensado o lento desenvolvimento dessas fontes nos Estados Unidos, que está relativamente incerto com relação aos novos incentivos para as fontes eólica e solar e às importações da China e do Sudeste Asiático.

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No entanto, a IEA ressalta que políticas mais fortes de incentivo a renováveis devem ser desenvolvidas e implementadas, principalmente em um momento de grandes incertezas no mercado de energia.

Ainda que as fontes solar e eólica continuem crescendo e ganhando competitividade, o preço de instalação dessas plantas continuará alto ao longo dos anos de 2022 e 2023, devido aos altos preços das commodities e do transporte.

Com relação à eólica offshore, a agência espera uma queda global de 40% em 2022, depois do grande salto que a nova fonte teve no ano passado, principalmente por conta dos prazos de subsídio na China.

Já para os biocombustíveis, a demanda deve continuar crescendo cerca de 5% em 2022 e 3% em 2023. Os impactos da invasão da Rússia à Ucrânia, entretanto, deixam esse cenário relativamente incerto.