Solar

Avanço da regulamentação da GD está com Congresso e TCU

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda aguarda que o Congresso defina as políticas públicas em torno da geração distribuída a partir da fonte solar fotovoltaica para retomar a discussão sobre a resolução normativa 482/2012, disse André Pepitone, diretor-geral da agência, ao participar de um painel no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), promovido pelo Canal Energia.

“Hoje, a regra continua a mesma de 2015. Como aguardamos a definição da política pública, as conexões avançam muito, mas fica a preocupação de que a modelagem atual possa não ser equilibrada no que diz respeito à alocação de custos”, disse Pepitone.

Segundo ele, a política pública precisa trilhar o caminho de buscar o equilíbrio no avanço das fontes. “E temos um novo ator que é o TCU”, afirmou, se referindo ao Tribunal de Contas da União. De acordo com Pepitone, está na pauta do TCU um encaminhamento de política pública para o tema.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relação ao fim de subsídios para fontes renováveis, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, ressaltou a necessidade de se formular mecanismos que valorizem os atributos renováveis dos empreendimentos por meio da emissão de certificados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado de certificados, porém, não pode ser restrito ao setor elétrico, já que há uma baixa emissão de carbono por causa da predominância das hidrelétricas na matriz. “Existe o perigo de o certificado ter valor baixo. O mercado precisa ser bem desenhado para ter os efeitos que se propõe”, disse Barral.

Para que esse mercado seja bem sucedido, o Ministério de Minas e Energia (MME) precisa avançar nas discussões para além das instituições do setor elétrico, com Ministério da Economia e também das Relações Exteriores. “Vamos trabalhar arduamente para entregar a melhor solução para o setor elétrico brasileiro nesse prazo”, disse Barral.

Orçamento da EPE

Barral se mostrou preocupado a respeito do orçamento da EPE, determinado pela União. “Para 2021, tivemos cerca de 70% do nosso orçamento discricionário condicionado, em um momento em que fazemos esforço para contratação de novas ferramentas mais modernas para modelagem da expansão. Temos bastante preocupação”, disse Barral.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.