A capacidade instalada de energia solar no mundo precisa quadruplicar, passando dos atuais 330 gigawatts (GW) para algo entre 1.200 e 1.400 GW, até 2035, para que seja atendida a meta estabelecida no Acordo de Paris, de aumento médio da temperatura global em no máximo 1,5o até 2050, de acordo com estudo feito pela consultoria Rystad Energy.
Segundo a empresa, essa expansão, porém, trata-se de uma tarefa “desafiadora”, considerando que fabricantes do setor veem a utilização de suas unidades fabris recuar por causa dos custos crescentes e ainda reflexos da pandemia de covid-19. Esses fatores, de acordo com a consultoria, podem desencorajar investimentos necessários para ampliar ainda mais a capacidade da cadeia de suprimento.
A consultoria destaca que a taxa de utilização agregada de módulos solares (a diferença entre a capacidade de fabricação e a expedição) foi de 84%, em 2018, e tem diminuído desde então, para 71%, em 2019, e para 58%, em 2020, quando a eficiência logística e o transporte foram prejudicados pela pandemia na maior parte do mundo.
“A disseminação da Covid-19 criou uma grande perturbação econômica no mercado e deve continuar a impactar as taxas de utilização durante a maior parte de 2021”, acrescentou a Rystad Energy, em nota.