Renováveis

Custos globais da energia solar foram 56% menores que opção fóssil e nuclear em 2023

Custos de projetos de armazenamento caíram 89% entre 2010 e 2023, facilitando a integração solar e eólica.

Imagens aéreas do Complexo Eólico Morrinhos da Atlantic Energias Renováveis. Data: 15/07/2015. Local: Morrinhos/BA. Foto: Rafael Gardini/Sergio Andrade/A2img.
Imagens aéreas do Complexo Eólico Morrinhos da Atlantic Energias Renováveis. Data: 15/07/2015. Local: Morrinhos/BA. Foto: Rafael Gardini/Sergio Andrade/A2img. | Divulgacao Atlantic

A geração a partir de energias renováveis ​​permanecem competitivas, apesar da queda dos preços dos combustíveis, conclui estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).

Os custos globais da energia solar fotovoltaica em 2023 foram 56% menores do que as opções de combustível fóssil e nuclear. Considerando a geração entre 2000 e 2023, a economia com a implantação de renováveis foi de US$ 409 bilhões.

O levantamento aponta que dos 473 GW adicionados globalmente em 2023, 81% foram de fontes renováveis e tiveram custos mais baixos do que suas alternativas que utilizam combustíveis fósseis.

Em 2023, o custo médio ponderado global de eletricidade de projetos renováveis ​​recém-comissionados apresentou queda para a maioria das tecnologias: de 12%, para energia solar fotovoltaica; 3% para energia eólica onshore; 7% para energia eólica offshore, e 7% para energia hidrelétrica.

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O novo relatório da Irena mostra que, após décadas de queda de custos e melhoria da tecnologia, especialmente para energia solar e eólica, os benefícios socioeconômicos e ambientais da implantação dessas fontes se tornam ainda mais atraentes.

“A energia renovável continua competitiva em termos de custos em relação aos combustíveis fósseis. O ciclo virtuoso de políticas de suporte de longo prazo acelerou as energias renováveis. Em troca, o crescimento levou a melhorias tecnológicas e reduções de custos. Os preços das energias renováveis ​​não são mais desculpas, pelo contrário”, disse o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera,

La Camera ainda aponta que o crescimento recorde das energias renováveis ​​em 2023 exemplifica isso, além do baixo custo, que pode ser um incentivo para triplicar a sua capacidade até 2030.

Triplicar a capacidade de renováveis

Para atingir a meta de triplicar as renováveis na matriz global, a agência internacional indica a necessidade de adicionar uma média de 1.044 GW de nova capacidade anualmente até 2030.

Dos 11,2 TW de energias renováveis esperados para 2030, 8,5 TW devem ser provenientes apenas das energias solar fotovoltaica e eólica onshore.

Para a Irena, a meta de triplicar deve ser acompanhada por facilitadores-chave da transição energética, como o armazenamento. Os custos de projetos de armazenamento caíram 89% entre 2010 e 2023, facilitando a integração da alta capacidade solar e eólica e ajudando a enfrentar os desafios da infraestrutura da rede.

“Nos próximos anos, espera-se um crescimento notável em todas as fontes de energia renováveis, dando aos países grandes oportunidades econômicas”, completou La Camera.

Em 2023, a Ásia registrou a maior economia cumulativa no período entre 2000-2010, estimada em US$ 212 bilhões, seguida pela Europa com US$ 88 bilhões e América do Sul, com uma estimativa de US$ 53 bilhões.