A maior parte da geração de energia que será adicionada nos Estados Unidos nos próximos dois anos será das fontes solar fotovoltaica e baterias, segundo relatório da EIA (Administração de Informação de Energia dos EUA, na sigla em inglês). Segundo o documento, 85 GW devem ser adicionados ao país de 2022 a 2023. Desse total, 60% (51 GW) serão compostos por energia solar e projetos de armazenamento por meio de baterias.
Os outros 34 GW que serão adicionados ao país virão de gás natural (16 GW) e eólica (15 GW) – esta última que vem caindo na comparação com os dois anos anteriores, que tiveram novos 29 GW de eólicas acrescentados ao país.
Em 2021, foram instalados 13 GW de projetos de geração solar e 3,1 GW em baterias para armazenamento de energia. Segundo o órgão do governo americano, o crescimento em ritmo acelerado reflete, em parte, a queda dos custos das tecnologias, principalmente das baterias, além dos benefícios fiscais obtidos pelos investidores. Dependendo da configuração dos projetos, eles podem ser elegíveis aos créditos fiscais de investimento solar (ITC, na sigla em inglês), que devem acabar em 2024.
Os 51 GW de capacidade serão concentrados em três estados do território americano: 12 GW no Texas, 11 GW na Califórnia e 4 GW em Nova York.
A geração solar fotovoltaica adicionada entre 2020 e 2021 à rede elétrica dos Estados Unidos somou 24 GW, o dobro da capacidade de geração de gás natural, que foi de 12 GW. Segundo a agência, a tendência é que isso continue nos próximos dois anos, enquanto a demanda por geração solar avança no mercado americano.
Em 2022, devem ser adicionados 22 GW de capacidade solar à rede, seguidos por outros 19 GW em 2023. Já o armazenamento de energia em baterias deve adicionar à rede 10 GW de capacidade entre este ano e o próximo, sendo que mais de 60% dos projetos serão combinados com geração solar. A expansão reflete os custos menores da tecnologia e os benefícios econômicos relacionados ao seu uso combinado com a geração renovável, principalmente eólica e solar.