Micro e minigeração distribuída

Geração remota deve ultrapassar 7 GW e atrair R$ 10 bilhões em investimentos até 2025

Com 4,2 GW de capacidade instalada entre projetos em operação e construção, a geração distribuída remota (acima de 500kWp) deve atrair R$ 10 bilhões nos próximos dois anos e superar 7 GW. O avanço deve ser dado por meio da geração compartilhada e demandada, especialmente, por consumidores do segmento de varejo e serviços. As perspectivas constam em relatório elaborado pelo Greener, com dados até novembro deste ano, e que contou com a participação de 36 empresas do setor.

Geração remota deve ultrapassar 7 GW e atrair R$ 10 bilhões em investimentos até 2025

Com 4,2 GW de capacidade instalada entre projetos em operação e construção, a geração distribuída remota (acima de 500kWp) deve atrair R$ 10 bilhões nos próximos dois anos e superar 7 GW.

O avanço deve ser dado por meio da geração compartilhada e demandada, especialmente, por consumidores do segmento de varejo e serviços. As perspectivas constam em relatório elaborado pelo Greener, com dados até novembro deste ano, e que contou com a participação de 36 empresas do setor.

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O levantamento aponta que a geração compartilhada é um mercado que vem ganhando espaço nos últimos três anos, sendo a modalidade de 92% das empresas entrevistadas, enquanto o autoconsumo remoto, caracterizado pela participação de um titular por usina, é o modelo de negócio utilizado por 36% dos participantes da pesquisa. Entre as empresas respondentes, 28% estão em ambas as modalidades.

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Considerando a participação de 28 donos de ativos na pesquisa, 2.458 MW em projetos estão em desenvolvimento, 1.121 MW em construção e 1.355 MW em operação.

Os estados em que há maior desenvolvimento de projetos, em construção ou operação, são os de Minas Gerais (11%), Goiás (8%) e São Paulo (7%). Agora, no caso de desenvolvimento ou prospecção, São Paulo lidera o interesse das empresas, com 9%, seguida por Ceará (8%), Mato Grosso (7%) e Bahia (7%).

Desafios

A conexão à rede foi apontada como o maior desafio para 67% das empresas entrevistadas. A criação de um plano de ação junto à distribuidora, contendo follow-ups e reuniões rotineiras com apoio de um cronograma para acompanhamento das obras de rede e demais etapas necessárias para conexão dos empreendimentos, pode ajudar no direcionamento desse desafio.

Com o cenário de juros altos no 1º semestre de 2023, 19% dos entrevistados afirmaram que o funding é o maior desafio enfrentado. No segundo semestre houve queda de 1,5 p.p. na taxa básica de juros em comparação com o semestre anterior.

Também foram citados como desafios pelas empresas respondentes a validação da qualidade dos projetos greenfield, a contratação de epcistas e prospecção de investidores, cada uma representando 10% de sinalização das empresas.

Na avaliação da Greener, a aceleração no volume de novos projetos frente a um número limitado de construtores com experiência em projetos e implantação de usinas solares é um dos fatores que contribui para a contratação de epcistas ser um dos principais desafios enfrentado.

O mapeamento ainda aponta que 39% das empresas indicam investidores como a principal fonte de captação de recursos para implementação das usinas. Cronogramas e prazos apertados para manter o benefício da GD I foram fatores que aceleraram os investimentos em usinas de GD remota.

Ainda aparecem no tópico que 29% das empresas utilizam capital próprio, 21% financiamento bancário e 11% o mercado de capitais como principal fonte, incluindo debêntures, CRIs e FIP

Autoconsumo remoto 

Segmento com perfil diversificado de clientes, mas que tem o varejo como principal área de contratação, representando 43%, com destaque para farmácias e supermercados. Já os setores de serviços, como bancos, comercializadoras e gestoras de GD, somam 35%, sendo importantes canais para atendimento de consumidores.

O prazo médio dos contratos de autoconsumo remoto é de 12 anos, com 35% dos respondentes com prazos entre um e sete anos, e 38% entre oito e 15 anos. Neste segmento, 46% de gestores de ativo trabalham proporcionando uma economia com valor travado, enquanto 33% afirmam haver uma tarifa fixa para locação, que é reajustada a índices inflacionários.

Entre as economias praticas nos estados e que mais se destacaram na pesquisa estão Minas Gerais, com 18% de economia média, São Paulo, com 15%, e Rio Grande do Sul, com 15%.

Geração compartilhada 

O perfil dos clientes da geração compartilhada está concentrado em pessoa física (16%), o consumidor residencial, seguido por varejo (16%), supermercados (13%) e restaurantes (12%).

A análise da Greener mostra que a pessoa física apresentou uma importante evolução em relação ao estudo realizado em 2022, em que representava 7% do total. “Esse fator aponta tendência de ampliação da participação desse perfil na geração compartilhada”, diz o mapeamento.

Dentre aquelas que praticam, o prazo médio dos contratos com clientes é de 14 meses, sendo que 80% das empresas entrevistadas proporcionam ao consumidor, por meio de contratos de locação, uma oportunidade de economia financeira

Entre os estados que mais se destacaram na pesquisa, Minas Gerais apresenta uma economia média praticada na tarifa de 17,3%, seguido por Mato Grosso (16,3%) e Rio de Janeiro (13,2%).