O governo brasileiro planeja adquirir energia solar para as residências do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) direto com os geradores da fonte. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, o projeto, que deve ser submetido para avaliação do Congresso Nacional, substituirá a instalação de painéis fotovoltaicos nas moradias.
“A gente chegou à conclusão de que era melhor fazer a compra da energia a partir das pessoas quem produzem energia solar, das fazendas que existem em diversos estados do país. O mesmo valor que seria investido na aquisição dessas placas solares será feito para aquisição da energia a partir disso”, afirmou o ministro em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Nova York.
No evento, Filho destacou que, desde sua criação, em 2009, o MCMV enfrenta problemas com a aquisição dos painéis solares e nos processos de manutenção do sistema, dificultando a continuidade da política.
A possibilidade do uso da fonte solar por residências do programa já havia sido apontada pelo ministro em julho, mesmo período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que retomava o programa habitacional e vetou o trecho que estabelecia a compra de excedentes produzido por painéis solares pelas distribuidoras.
“A partir de agora nossas equipes vão estudar, com o Ministério de Minas e Energia e com atores do setor privado, que modelo nós faremos para que a energia solar faça parte do programa”, afirmou o ministro na época.
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Segundo o ministro das Cidades, da assinatura da lei até agora, o governo teve uma “curva de aprendizagem”, que levou a repensar melhor modelo.
Transporte no Brasil
Ainda no painel, Jader Filho destacou que a transição energética do setor de transporte do Brasil precisa ser discutida pelo governo, para ser definido se ocorrerá mediante modelos elétricos ou pelo hidrogênio verde.
“Precisamos entender qual é a infraestrutura necessária para que a eletrificação se torne realidade e qual o processo de transição faremos para chegar até lá. O Brasil precisa definir para qual indústria de mobilidade quer seguir de fato e entenda se vamos investir na matriz elétrica ou no hidrogênio verde”, finalizou Filho.
