Solar

Mais 85% dos projetos outorgados de energia solar fotovoltaica não iniciaram construção

O volume de projetos solares fotovoltaicos para geração centralizada chega a 86 GW, no entanto, apenas 7,5 GW (8,7%) estão em operação, 4,9 GW (5,7%)  em construção e a maioria, 73,6 GW (85,6%), ainda não iniciaram a construção. Os dados, levantados pela consultoria Greener em fevereiro, mostram o desafio do setor para conexão à rede, somado ao cenário de baixo preço no Mercado de Curto Prazo (MCP) e alta taxa de juros.

Solar panels on the roof. (Solar cell)
Solar panels on the roof. (Solar cell)

O volume de projetos solares fotovoltaicos para geração centralizada chega a 86 GW, no entanto, apenas 7,5 GW (8,7%) estão em operação, 4,9 GW (5,7%)  em construção e a maioria, 73,6 GW (85,6%), ainda não iniciaram a construção. Os dados, levantados pela consultoria Greener em fevereiro, mostram o desafio do setor para conexão à rede, somado ao cenário de baixo preço no Mercado de Curto Prazo (MCP) e alta taxa de juros.

Sobre as conexões de rede, a consultoria destaca problemas na disponibilidade de margem de escoamento. Nesta terça-feira, uma proposta foi encaminhada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a segunda fase da consulta pública 52/2022, a fim de dar continuidade ao debate sobre o acesso à rede de transmissão em meio à expansão acelerada dos projetos de geração eólica e solar. 

Do total das outorgas, 79 GW (91%) correspondem a projetos direcionados ao mercado livre de energia (ACL). Para a consultoria, o maior foco no ACL decorre do processo gradual de abertura de mercado, que recebe um número cada vez maior de consumidores graças à redução dos limites de demanda para migração. 

Ainda relacionado aos projetos outorgados, Minas Gerais é o estado com maior potência acumulada, respondendo por 39%. Não por acaso, a região ultrapassou 5 GW de capacidade instalada de energia solar em operação no início desta semana. Citando o exemplo da expansão de empreendimentos outorgados em Minas Gerais, a Greener destaca que o estado sofre com negativas de acesso ou restrições operativas que podem impactar a viabilidade dos projetos.