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Norte de MG pode demandar investimentos de R$ 13,3 bi em transmissão ate 2031, diz EPE

O sistema de transmissão da região Norte de Minas Gerais até os principais centros de carga da região Sudeste pode demandar investimentos da ordem de R$ 13,3 bilhões até 2031, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A projeção faz parte de relatório divulgado nesta segunda-feira, 4 de janeiro, pela estatal de estudos energéticos e que considerou, pela primeira vez, os efeitos da geração distribuída fotovoltaica nas simulações.

Em estudo anterior, realizado em 2017, a EPE já havia recomendado reforços de transmissão no Norte e Noroeste de Minas Gerais, com o objetivo de viabilizar o potencial estimado à época para a região, tendo sido previstos 1.300 megawatts (MW) de fonte solar centralizada até 2025.

No novo estudo, a EPE mapeou um volume de 24,3 mil MW de geração solar fotovoltaica centralizada, em diversos estágios (em operação, em construção, construção não iniciada e em requerimento de outorga) em Minas Gerais. A estatal também identificou um montante de 1.864 MW, considerando potencial firme e indicativo, de fonte solar distribuída no estado. 

Com base nesses números, a EPE levantou os reforços necessários para o sistema de transmissão do Norte de Minas Gerais até os principais centros de carga da região Sudeste, localizados na metade Centro-Sul de Minas Gerais e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

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O conjunto de instalações recomendadas no estudo é dividido em duas etapas. A primeira envolve um investimento da ordem de R$ 6,5 bilhões, referentes a cerca de 2,36 mil km de novas linhas de transmissão, novas subestações e subestações existentes. Nessa primeira etapa também são recomendados reforços na rede de distribuição, com custo de investimento total de aproximadamente R$ 102 milhões.

De acordo com a EPE, a segunda etapa, passível de revisão e que dependerá da concretização de montantes superiores aos atendidos na primeira etapa, contempla a instalação de 2,873 mil km de linhas de transmissão adicionais e uma nova subestação de rede básica, totalizando R$ 6,8 bilhões em 2031.

*Matéria atualizada às 19h46 para corrigir informação sobre o potencial de geração solar fotovoltaica em Minas Gerais. A versão anterior da matéria considerava apenas o potencial de geração distribuída. A previsão de investimentos em transmissão, no entanto, leva em conta tanto o potencial de geração descentralizada quanto o de geração centralizada.

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