Solar

Indústria se prepara para reta final da 'corrida do ouro' da GD solar

De olho na aceleração da demanda por instalações de sistemas de geração distribuída (GD) a energia solar no fim deste ano, a Intelbras ampliou o estoque de segurança de equipamentos fotovoltaicos da Renovigi, empresa adquirida pela companhia em fevereiro deste ano. A estratégia da empresa de assegurar um estoque de segurança deve-se ao fim do prazo de transição de 12 meses contados da publicação da Lei 14.300 – o marco legal da micro e minigeração distribuída –, em janeiro deste ano, para que os novos projetos passem a pagar os encargos de distribuição, o que tem sido chamado de “nova corrida do ouro” da energia solar. Segundo Marcio Osli, diretor geral da Renovigi Energia Solar, a companhia também está estrategicamente preparada

Indústria se prepara para reta final da 'corrida do ouro' da GD solar

De olho na aceleração da demanda por instalações de sistemas de geração distribuída (GD) a energia solar no fim deste ano, a Intelbras ampliou o estoque de segurança de equipamentos fotovoltaicos da Renovigi, empresa adquirida pela companhia em fevereiro deste ano.

A estratégia da empresa de assegurar um estoque de segurança deve-se ao fim do prazo de transição de 12 meses contados da publicação da Lei 14.300 – o marco legal da micro e minigeração distribuída –, em janeiro deste ano, para que os novos projetos passem a pagar os encargos de distribuição, o que tem sido chamado de “nova corrida do ouro” da energia solar.

Segundo Marcio Osli, diretor geral da Renovigi Energia Solar, a companhia também está estrategicamente preparada para o cenário atual da cadeia produtiva, em meio a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O executivo explicou que a sinergia e o porte proporcionados pela atuação conjunta de intelbras e Renovigi permitem um processo de compras de equipamentos mais eficaz junto a fornecedores.

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Executivo na Intelbras há 25 anos, onde assumiu a gerência da unidade de negócios em Energia Solar da companhia em 2017, Osli reforça que a estratégia do grupo é manter as duas marcas – Intelbras e Renovigi – devido à confiabilidade e à segurança que elas possuem no mercado. Além disso, o cruzamento da base de potenciais clientes das duas empresas é de apenas 10%, o que garante espaço para as duas companhias atuarem no setor de GD a energia solar.

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Criada em 2012, a Renovigi, que alcançou um faturamento de R$ 799,5 milhões em 2021, tem mais de 1,5 milhão de painéis solares instalados no país.

Estação solar para carregamento de veículos elétricos da Renovigi


Intersolar

A nova corrida do ouro da fonte solar tende a ser um dos pontos comentados na Intersolar South America, evento que reúne a indústria de geração de energia solar, em São Paulo, a partir desta terça-feira, 23 de agosto, em um momento aquecido do mercado, que registrou 18 GW instalados no país, um crescimento de 5 GW apenas neste ano. O encontro terá a presença prevista do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, na cerimônia de abertura.

Desde 2012, o setor já movimentou R$ 93,7 bilhões em investimentos e criou 540,5 mil empregos, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de mais aumentos na conta de luz da população”, afirma o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia.

“O Brasil é um mercado em franca expansão”, afirma Nelson Stanisci, gerente de Soluções da área de Digital Power da chinesa Huawei voltada para negócios em energia renovável, digitalização e zero carbono. Um dos carros-chefes da unidade de negócios são os inversores para equipamentos de geração de energia solar.

ESG

Também contribuem para a expansão da indústria de energia solar os aspectos relacionados à temática de meio ambiente, social e governança (ESG, na sigla em inglês). Estudo divulgado na última semana pelo Instituto Escolhas, associação civil sem fins econômicos que tem como objetivo qualificar o debate sobre sustentabilidade no país, calculou o rating de ESG das principais fontes de energia, a partir de 57 indicadores distintos. A fonte que recebeu a nota mais elevada foi a solar (entre 76,8 e 87,1), seguida pela eólica (entre 71,8 e 82,1). A nota mais baixa foi obtida pela termelétrica a óleo (de 57,1 a 67,4). O estudo, contudo, não analisou biomassa nem resíduos sólidos urbanos.

“Estamos dando todos os critérios possíveis para as instituições darem as notas aos investimentos. Isso é uma soma de todos os esforços que o Escolhas fez para mostrar para o mundo das finanças, no Brasil e no mundo, que é possível, sim, ter critérios objetivos para olhar os investimentos no setor elétrico”, explicou Sergio Leitão, diretor executivo do Escolhas. Segundo ele, o material será compartilhado com todas as instituições financeiras, incluindo agentes financiadores e gestoras de recursos, entre outros.

Sergio Leitão, do Escolhas: Critérios objetivos de ESG para investimentos

Indicadores

Na Intersolar, a consultoria Greener também apresentará novo estudo com números e indicadores do setor de geração de energia solar centralizada.

Na ocasião, a Canadian Solar prevê apresentar inovações nos módulos fotovoltaicos e inversores para os segmentos de GD e geração centralizada. A companhia recebeu recentemente certificação da DNV, multinacional independente especializada em certificação de produtos, para seus módulos de alta potência, de até 670 megawatts (MW).

A Elgin Solar, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, iluminação, automação e costura, por sua vez, apresentará uma plataforma de e-commerce da empresa. Segundo a companhia, a ferramenta garante acesso a mais de 8 mil combinações de kits fotovoltaicos.

Entre as novidades, a Leveros Solar, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, lançará um inversor de marca própria para atender as necessidades dos consumidores brasileiros que utilizam energia solar em residências e empresas. O objetivo da companhia é trazer ao mercado brasileiro um equipamento alinhado às realidades específicas dos consumidores, que incluem sistemas de monitoramento remoto que integra o cliente final com a empresa de instalação do projeto.

A Solar Group, indústria especializada em sistemas de fixação para o mercado de energia solar, vai apresentar novas tecnologias de fixação de painéis solares que reduzem tempo de instalação e ajudam no escoamento mais rápido da água de chuva.

Já a WIN Solar, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e pertencente ao Grupo Al Nations, vai apresentar o conceito de escritório sustentável na retomada dos trabalhos presencias no pós-pandemia. E a empresa de origem gaúcha Soprano também vai apresentar um módulo solar bifacial, que pode receber luz de ambos os lados, com a potência de 550W. Segundo a companhia, o equipamento possibilita um aumento de eficiência de até 30% em relação aos módulos convencionais.

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