A consultoria Greener elaborou uma análise que evidencia um significativo crescimento do mercado de energia solar no Brasil no primeiro semestre deste ano. Segundo o estudo, a demanda por equipamentos do setor deve registrar mais de R$ 35 bilhões em investimentos, aumento de R$ 15 bilhões em relação ao montante registrado no mesmo período de 2021 (R$ 21 bi).
São Paulo (R$ 2,2 bi), Minas Gerais (R$ 2,1 bi), Rio Grande do Sul (R$ 1,7 bi), Bahia (R$ 0,8 bi) e Mato Grosso (R$ 0,8 bi), nesta ordem, foram os estados que mais investiram em energia solar fotovoltaica entre os meses de janeiro e junho de 2022, somando R$ 7,6 bilhões em 1.196 MW de potência instalada durante este período.
A consultoria aponta a expectativa dos consumidores de energia na redução das despesas a partir do modelo de geração distribuída por assinatura, o que deve levar a um crescimento dessa área de negócios, exigindo a construção de, ao menos, 3,9 GW de usinas solares fotovoltaicas até 2024.
“A elevação da taxa de juros trouxe reflexo para o financiamento, promovendo uma leve queda no volume de vendas financiadas. Apesar disso, o setor solar segue atraindo novos financiadores para o mercado. Ao menos 52 instituições oferecem crédito ao consumidor, um grande avanço em relação às 40 mapeadas em 2021”, explica Marcio Takata, diretor da Greener.
Além disso, o estudo mostra uma redução média de 4,3% nos preços dos sistemas fotovoltaicos no primeiro semestre de 2022, o que é entendido como resultado das quedas nos custos logísticos internacionais, do elevado estoques de equipamentos e da alta competitividade no atacado.
O estudo da Greener foi divulgado durante o primeiro dia do The Smarter e South America, evento voltado à nova realidade energética e realizado nesta semana, em São Paulo, pelas empresas Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International e Aranda Eventos.