O governo abriu nesta semana uma votação para receber da população sugestões sobre como o país pode enfrentar as mudanças climáticas e reduzir os impactos, que já recebeu, até o momento, 39 propostas. A mais votada, até agora, prevê a substituição de termelétricas a carvão por Pequenos Reatores Modulares (SMRs, na sigla em inglês). A ideia é aproveitar a infraestrutura existente das usinas a carvão mineral para reduzir as emissões de carbono, otimizar o uso do solo e promover a transição energética da cadeia carbonífera do Brasil.
Como parte das ações do governo no Dia Internacional do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, foi lançado a consulta do Plano Clima Participativo, no contexto do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima). Por meio do site do Brasil Participativo, plataforma coordenada pelo governo, os cidadãos podem registrar até três propostas e votar em até dez sugestões da população, dentro de 18 temas, que vão da produção de alimentos e energia a povos e comunidades tradicionais. As 10 propostas mais votadas de cada eixo temático seguirão para análise, podendo ou não ser incorporadas ao Plano Clima.
A votação vai até 5 de agosto.
Em nota, a Eletronuclear destacou seu apoio a ideia proposta e reafirmou o papel fundamental do setor nuclear na geração de energia limpa. “É importante destacar, no entanto, que a empresa não tem qualquer ligação com a proposta, criada por iniciativa pessoal de um indivíduo, como sugere a plataforma”, disse a empresa.
O programa
O Plano Clima é um instrumento previsto na Política Nacional sobre Mudança do Clima e prevê ações para que o Brasil reduza as emissões de gases de efeito estufa e se adapte aos impactos da mudança do clima, que já ocorreram e irão se intensificar ano a ano. É um instrumento previsto na Política Nacional sobre Mudança do Clima, também em atualização neste momento.
A iniciativa terá um planejamento de médio prazo até 2035, com ajustes e revisões previstos a cada quatro anos. Entre os compromissos, está o alcance da neutralidade climática até 2050.