A termelétrica GNA I, que entrou em operação comercial no dia 15 de setembro, teve a operação paralisada por dois dias nesta semana para um ajuste no controle de gás, mas já foi normalizada e voltou a operar em ciclo fechado, disponibilizando sua potência de 1,338 GW ao sistema integralmente.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a usina foi desligada na segunda-feira, 20, às 11h38, e teve a operação retomada ontem, 22 de setembro, às 22h04.
“Foi uma ocorrência absolutamente normal”, disse à MegaWhat Guilherme Penteado, diretor de regulação da GNA. Segundo ele, era necessário um ajuste no sistema de controle de gás que não podia ser feito com a usina em funcionamento. Por isso, a operação foi paralisada, e depois do ajuste feito ela voltou a gerar em ciclo fechado.
Caso tenha algum problema na turbina a vapor, a usina tem autorização da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) para operar em ciclo aberto, o que reduz sua potência para cerca de 850 MW, ainda contribuindo com o atendimento do sistema.
Inicialmente, a usina deveria ter entrado em operação em maio deste ano, mas problemas no comissionamento acabaram adiando a data. “Fizemos tudo que era possível para a usina entrar em operação. Tivemos problema na usina a vapor no comissionamento, e foram necessários reparos, mas a usina está gerando em ciclo fechado e vai continuar assim por muito tempo”, disse Penteado.
A GNA é uma joint venture entre a Prumo Logística, BP, Siemens e SPIC Brasil. A usina fica no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
No mesmo local, está sendo construída a termelétrica GNA III, do mesmo empreendedor, que terá 1,67 GW de potência, chegando a um total de 3 GW de capacidade. Esta segunda usina tem previsão de entrada em operação em abril de 2024. Os investimentos combinados nas termelétricas a gás natural liquefeito (GNL) chegam a cerca de R$ 10 bilhões.