A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) concluiu ontem o cadastramento de projetos para participação nos leilões de energia existente A-4 e A-5 previstos para 30 de abril. No total, foram cadastrados 87 projetos de termelétricas, sendo 76 para o A-4 e 82 para o A-5 (o mesmo empreendimento pode se cadastrar em ambos os certames). Os leilões devem ser dominados por projetos a gás natural localizados ou no Nordeste ou no Sudeste.
Para o A-4, foram cadastrados 41 projetos de termelétricas a gás natural, somando 35 GW, e outros cinco a carvão, com 1,2 GW, totalizando 36,2 GW em potencia instalada.
Do total, 24 projetos de termelétricas a gás natural, ou 15,9 GW, ficam na região Sudeste. Outros 30 projetos, somando 12,6 GW, ficam no Nordeste. Só foram cadastrados projetos a carvão no Sul.
Para o A-5, foram cadastrados 75 projetos de termelétricas a gás natural, com 41,1 GW, e sete a carvão, com 2,1 GW de potência, chegando ao total de 43,2 GW de potência instalada.
Notícias Relacionadas
Conta de luz
Após Aneel retomar discussão sobre bônus de Itaipu, MME defende repasse
Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicar que iria retomar a discussão sobre o bônus da tarifa de Itaipu, de mais de R$ 1,3 bilhão na próxima semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou nesta sexta-feira, 22 de novembro, um ofício ao diretor-geral da Aneel pedindo que os valores sejam […]
Empresas
Verba para renováveis cai e Petrobras planeja U$S 2,2 bi em retorno a etanol
Valores fazem parte do plano de negócios 2025-2029 da companhia
Novamente, todos os projetos a carvão estão no Sul. No Sudeste, foram cadastrados 26 empreendimentos, com 16,7 Gw de potência. O Nordeste tem 31 empreendimentos, com 15,7 GW.
Os leilões vão negociar contratos de compra de energia no mercado regulado na modalidade por disponibilidade, com prazo de suprimento por 15 anos. As usinas existentes que participem da disputa poderão ser contestados por novas usinas, desde que essas sejam mais eficientes e baratas.
A contratação da demanda vai partir das distribuidoras. Como há muitas incertezas no horizonte de contratação das concessionárias, como possível fim das cotas e a negociação do Tratado de Itaipu, a EPE está preparando um leilão de potência para ser realizado posteriormente, se os certames A-4 e A-5 não contratarem a energia necessária para a cobrir o déficit de potência previsto.
Saiba mais: Análise sobre os leilões A-4 e A-5 de Energia existente de 2020
