
A operação comercial de todas as unidades geradoras das termelétricas (UTEs) Global I e II foram suspensas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido ao fim dos contratos de venda de energia vigente. Localizadas no município baiano de Candeias, os projetos, movidos a óleo combustível, somam 292 MW de capacidade instalada e são de titularidade da Global Participações em Energia, empresa que cresceu a partir das termelétricas contratadas de forma emergencial durante a crise hídrica de 2001.
O pedido de suspensão das atividades foi protocolado pela titular da usina, justificado pelo encerramento dos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) em fevereiro deste ano. Os contratos foram firmados com 36 distribuidoras no âmbito do 4º Leilão de Energia Nova de 2007 (Leilão A-3).
Segundo a Global, mesmo com a interrupção, as usinas estão 100% disponíveis para operação, programada ou em tempo real no momento.
Em seu despacho, a Aneel destacou que, a partir de março de 2025, o agente seguirá autorizado à produção independente de energia nas plantas, porém sem contrato de venda de energia, e sem qualquer viabilidade de atuar no ambiente de contratação livre, já que seu custo variável supera o limite máximo do PLD.
As térmicas Global I e Global II também venceram o primeiro leilão de reserva de capacidade, realizado em 2021, onde comercializaram 252,8 MW como disponibilidade de potência para o período entre julho de 2026 e junho de 2041, mediante lance de R$ 879.227,22 MWh ano para ambos projetos.
De acordo com a autarquia, as usinas podem voltar a operar caso exista uma eventual antecipação por interesse do Ministério de Minas e Energia.
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Além das térmicas Global I e II, a empresa também teve a operação comercial suspensa das UTEs Potiguar (53,1 MW) e Potiguar III (66,4 MW) pelo mesmo motivo. O fim dos contratos também causou a suspensão da operação da UTE Petrolina (136,2 MW).
Geração
Por sua vez, a Eneva obteve aval para operar comercialmente a unidade geradora UG3, de 92,2 MW, da UTE MC2 Nova Venécia 2 (Parnaíba III), localizado no complexo Parnaíba, em Santo Antônio dos Lopes, no estado do Maranhão.
No aval, a usina teve a potência limitada em 87,220 MW, com foco em habilitar a comercialização de energia pela Parnaíba VI de forma concomitante à realização de ajustes operacionais e atividades de melhoria para o aumento do desempenho do ativo e atingimento da sua potência máxima, conforme a empresa.
A Parnaíba VI possui compromisso no montante de 70 MW médios por meio dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado celebrados no âmbito do Leilão de Energia Nova A-6 de 2019 da Aneel, com inflexibilidade operacional sazonal de 50%, pelo prazo de suprimento de 25 anos a partir de 1° de janeiro de 2025. Com o início da operação comercial de Parnaíba VI, a Eneva adiciona capacidade de geração de energia ao seu portfólio sem a necessidade de consumo adicional de gás.