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Turca Karpowership prevê operação de térmicas flutuantes em julho e mira expansão

Uma das principais vencedoras do leilão emergencial de outubro do ano passado, a turca Karpowership planeja iniciar em julho a operação comercial das quatro térmicas a gás natural que negociaram contratos naquele certame. O projeto é tido como fundamental para o grupo pavimentar seu plano de crescimento de longo prazo no Brasil. “A Karpowership já estava olhando o Brasil. Este contrato [do leilão de outubro] era o tíquete de entrada da empresa. É um belo contrato, começando com 560 megawatts. Temos escritório montado inclusive com a visão de esse [contrato] não ser o único. Que seja o primeiro. E que o Brasil não seja o único país da América do Sul também. [A ideia é] através do escritório do Rio de Janeiro começarmos a abranger outros países, outras oportunidades”, explicou Gilberto Bueno, diretor executivo da Karpowership no Brasil.

Turca Karpowership prevê operação de térmicas flutuantes em julho e mira expansão

Uma das principais vencedoras do leilão emergencial de outubro do ano passado, a turca Karpowership planeja iniciar em julho a operação comercial das quatro térmicas a gás natural que negociaram contratos naquele certame. O projeto é tido como fundamental para o grupo pavimentar seu plano de crescimento de longo prazo no Brasil.

“A Karpowership já estava olhando o Brasil. Este contrato [do leilão de outubro] era o tíquete de entrada da empresa. É um belo contrato, começando com 560 megawatts. Temos escritório montado inclusive com a visão de esse [contrato] não ser o único. Que seja o primeiro. E que o Brasil não seja o único país da América do Sul também. [A ideia é] através do escritório do Rio de Janeiro começarmos a abranger outros países, outras oportunidades”, explicou Gilberto Bueno, diretor executivo da Karpowership no Brasil.

Com um parque gerador da ordem de 6 gigawatts (GW), em cerca de 20 países, o grupo turco se destaca pelo desenho inovador que envolve a instalação de termelétricas, a gás natural, óleo combustível ou diesel, em embarcações, o que reduz significativamente o impacto ambiental dos projetos. A estratégia também permite versatilidade à companhia, que pode movimentar suas térmicas, transferindo-as de local ao término de um contrato.

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Leilão emergencial

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No leilão de outubro, a Karpowership negociou contratos para quatro projetos. O plano da empresa envolve quatro embarcações termelétricas situadas no Porto de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, litoral Sul do Rio de Janeiro, próximo do distrito industrial de Santa Cruz.

A empresa trabalha agora nos últimos detalhes relativos às obras, incluindo uma linha de transmissão de 13 km, cuja energização está prevista para meados do próximo mês, e na obtenção das últimas licenças necessárias para dar a partida nas usinas. Pela especificidade do negócio, que envolve a geração termelétrica a gás no mar, a Karporwership necessita do aval de diversas autoridades, como as agências nacionais de energia elétrica (Aneel), de petróleo e gás (ANP), de transportes aquaviários (Antaq) e de vigilância sanitária (Anvisa), além da Marinha do Brasil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entre outros.

Os projetos do leilão emergencial estavam previstos para iniciar a operação em maio. A Karporwership, no entanto, obteve uma decisão cautelar da diretoria Aneel que suspendeu temporariamente as penalidades que seriam imputadas à companhia pelo atraso no cronograma das usinas. A decisão está condicionada à análise da agência reguladora sobre os excludentes de responsabilidade apresentados pela empresa como justificativa para os atrasos.

Impacto ambiental

Segundo Vilmar Gonçalves, consultor jurídico e sócio do escritório Campos Mello Advogados, o desenho inovador do modelo de negócios da Karpowership também contribui para um menor impacto ambiental. “Fala-se sobre a perspectiva de impacto ambiental em relação ao projeto especificamente, mas há uma abordagem que deve ser feita em relação ao ganho ambiental apresentada por aquela alternativa tecnológica”, disse Gonçalves.

“Não há construção. São navios, que já vêm prontos. Há uma fácil mobilização e uma fase de comissionamento. Não tem construção, não tem fase de instalação. Outra coisa é considerar qual é a alternativa que se teria para esta tecnologia. O benefício ambiental é no sentido de entender que a outra alternativa seria de impacto ambiental significativo”, completou o consultor.

Planos futuros

Com relação aos planos de expansão para o Brasil, Bueno explicou que o foco do grupo neste momento é em concluir os detalhes necessários para o início de operação dos projetos para, em seguida, pensar em novas oportunidades de negócios.

“É uma maneira inteligente, um conceito inovador. É algo interessante em termos de aprendizado, de tecnologia, que trazemos para o país. O país passa a estudar outras alternativas viáveis de geração de energia, de aproveitamento de recursos naturais que nós temos no Brasil”, concluiu o executivo.

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