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Ucrânia anuncia instalação de quatro reatores em central nuclear

O ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenzo, anunciou nesta segunda-feira, 29 de janeiro, a construção de reatores nucleares na usina de Khmelnytsky, localizada em cidade na região Oeste do país, em 2024. A implementação tem o objetivo de compensar a geração da usina nuclear Zaporizhzhya (ZNPP), ocupada pela Rússia desde março de 2022.

Ucrânia anuncia instalação de quatro reatores em central nuclear

O ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenzo, anunciou nesta segunda-feira, 29 de janeiro, a construção de reatores nucleares na usina de Khmelnytsky, localizada em cidade na região Oeste do país, em 2024. A implementação tem o objetivo de compensar a geração da usina nuclear Zaporizhzhya (ZNPP), ocupada pela Rússia desde março de 2022.

“Podemos ver isso como um mecanismo para compensar a ocupação de Zaporizhzhia. Nós entendemos que [as construções podem] devolver a capacidade desta central”, disse German em comunicado.

Segundo o ministro, a instalação de duas unidades começou em 1980, porém foi adiada. German Galushchenko informou ainda que os dois reatores utilizarão tecnologia da fabricante Westinghouse, sediada nos Estado Unidos, já os outros dois dependem da importação de equipamentos da Bulgária para que a implementação seja iniciada.

Até o momento, a Ucrânia conta com três centrais nucleares (Zaporizhzhya, Khmelnytsky e Rivne), responsáveis por 55% da energia usada no país.

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Situação de ZNPP

Considerada a maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhya tem potencial para causar um “acidente grave”, devido a sua situação “frágil”, afirmou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, na sigla em inglês), Rafael Mariano Grossi, em comunicado divulgado na sexta-feira, 26 de janeiro.

“Embora a central não tenha sido bombardeada, as atividades militares continuam significativas na região e, por vezes, nas proximidades da instalação, com o nosso pessoal a relatar que foguetes sobrevoaram perto da central, colocando em risco a sua integridade física. A complacência ainda pode levar a uma tragédia. Isso não deveria acontecer. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizar o risco que isso causa”, disse Grossi dirigindo-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Sem avaliar a situação da usina há oito meses, o diretor-geral da agência destacou ainda que deve viajar nas próximas duas semanas para verificar a “saúde” da planta. Contudo, a AIEA afirmou, em nota, que, na última semana, especialistas da autarquia foram informados que as unidades da usina estão em plena capacidade, apesar de não fornecer eletricidade para o país.