O que é: quantidade de energia que pode ser produzida por determinada usina hidrelétrica, sem risco de não atendimento a contratos de energia. Em outras palavras, é o valor médio de geração de energia de uma hidrelétrica em um período considerado crítico, ou seja, a seca mais severa do histórico de vazões do rio.
A energia firme, grosso modo, é conceitualmente semelhante à energia assegurada e à garantia física, e todas são expressas em MW médios. No caso das hidrelétricas a energia firme é utilizada para o cálculo de garantia física., uma vez que com a diversificação da matriz energética, passou-se a utilizar mais amplamente os conceitos de energia assegurada/garantia física.
Como funciona: a Energia Firme no Brasil é calculada com base na hidrologia ocorrida entre junho de 1949 e novembro de 1956, por meio do modelo SUISHI desenvolvido pelo CEPEL.
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Quem calcula esse dado atualmente é a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que considera parâmetros estabelecidos em portaria do Ministério de Minas e Energia como a potência total da usina, as taxas de indisponibilidade que são declaradas pelo empreendedor (forçada e programada), entre outros fatores.
Histórico: o conceito de suprimento firme surgiu no fim do século XIX para o cálculo do tamanho dos reservatórios para o abastecimento de água para as cidades.
O objetivo à época era o de determinar a capacidade de armazenamento ideal que asseguraria uma vazão firme, mesmo na ocorrência da sequência mais seca registrada no histórico. Esse conceito foi levado para o setor elétrico, também para o cálculo do porte das hidrelétricas. Era utilizada a razão entre o custo de construção de cada alternativa e a respectiva energia firme (como índice custo/benefício), permitindo uma comparação econômica de alternativas.
