O que é: alocação prévia de montantes de energia em ordem crescente ou decrescente ao longo de um contrato no mercado livre.
Como funciona: no momento de fazer cotações para contratar energia no mercado livre, o comprador pode solicitar propostas que considerem a entrega de montantes de energia que aumentem ou diminuam gradualmente até o fim do contrato.
O escalonamento decrescente é especialmente interessante em momentos de preços muito altos no mercado. Dessa forma, a necessidade inicial de energia estará suprida e, nos meses seguintes, o comprador poderá buscar novas ofertas, com preços possivelmente menores, para atender o restante da sua demanda.
Já o escalonamento crescente pode ser útil para atender a necessidade de energia do comprador que fez no passado contratos com montantes decrescentes ou, ainda, que prevê uma expansão gradual da sua produção ou prestação de serviço.
É bom saber também: a inclusão de um mecanismo como esse no contrato tende a aumentar o preço ofertado pelo vendedor da energia.
Além do escalonamento, o comprador da energia pode negociar a inclusão de mecanismos contratuais, como a flexibilidade, a sazonalização, a modulação e a parada programada.
Esse modelo também já se verificou em contratos do mercado regulado. A energia de usinas estruturantes (como as hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte) pôde ser negociada de forma escalonada devido ao porte dos empreendimentos e à quantidade de unidades geradoras. Usinas a biomassa também puderam fazer vendas escalonadas no ACR, em virtude da incerteza da produção desse resíduo agrícola nos primeiros anos de operação.