O que é: reservas em que há um alto grau de incerteza quanto à possibilidade de se extrair petróleo e gás natural. Para denominar uma reserva como provada deve-se considerar uma probabilidade mínima de 10%, no caso de uma análise probabilística, de que o volume explorado comercialmente iguale ou exceda o estimado a partir das análises geológicas desenvolvidas, considerando aspectos técnicos, econômicos, regulatórios e jurídicos.
Como funciona: as estimativas de reservas consistem no cálculo do volume que pode ser extraído dos reservatórios até que seja inviável economicamente manter a exploração. Essas estimativas são periodicamente revistas, ao longo de toda a vida útil do reservatório. Esse processo é de vital importância para o planejamento de investimento das empresas que atuam nos setores de exploração.
Em campos de petróleo e gás natural, são feitos estudos com o objetivo de mapear a geologia da área e estimar as chances de se ter sucesso a partir da perfuração no local. Essa etapa é essencial para avaliar a viabilidade técnica e econômica de explorar determinada região. Os investimentos e as despesas necessários para implementar e manter os projetos são pagos com a venda dos barris de petróleo produzidos.
As mudanças ocorridas nos registros do volume de reservas ocorrem devido a: (i) produção; (ii) reservas adicionais oriundas de novos projetos de desenvolvimento, incluindo declarações de comercialidade; e (iii) revisão das reservas dos campos por outros fatores técnicos ou econômicos.
É bom saber também: as Reservas podem ser categorizadas como provadas (1P), provadas e prováveis (2P) ou provadas, prováveis e possíveis (3P). O último Boletim de Recursos e Reservas de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado em 2017, apresentou um volume total de 12,8 bilhões de barris de petróleo como Reservas 1P e 23,6 bilhões como Reservas 3P. Já para gás natural foram 369,9 bilhões de m³ em Reservas 1P e 609,2 bilhões de m³ em Reservas 3P.