Glossário

subestação

O que é:  conjunto de máquinas, equipamentos e circuitos que tem por finalidade modificar os níveis de tensão e corrente da energia elétrica, possibilitando o seu escoamento a diferentes sistemas. As subestações compreendem dispositivos de manobra, controle, proteção, transformação e demais equipamentos, condutores e acessórios. Podem ser de transmissão ou de distribuição de energia elétrica.

Como funciona: as subestações podem ser classificadas pela sua função na rede elétrica, pela tensão (baixa, média, alta, extra-alta), pela modalidade de comando (se automatizadas ou com operador), pela construção (externa, interna ou subterrânea; tradicional ou blindada), entre outras. As funções mais comuns de subestações são as seguintes:

  • Subestação conversora: responsável pela conversão da corrente de contínua para alternada ou vice-versa.
  • Subestação elevadora: localizada na saída das usinas, eleva o nível de tensão da energia elétrica que será injetada na rede.
  • Subestação rebaixadora: instalada para reduzir os níveis de tensão da energia elétrica.
  • Subestação de manobra: responsável pelo chaveamento de linhas de transmissão, ou seja, conecta circuitos que estão sob o mesmo nível de tensão – também conhecidas como subestações de seccionamento.

Histórico: as subestações passam por permanente evolução tecnológica. Ao longo da segunda metade do século XX e início do século XXI, as dimensões de equipamentos, como os painéis de controle foram reduzidas, e houve grande avanço nos sistemas de proteção e controle. Outro exemplo de desenvolvimento foi o processo de automação, que permitiu que as subestações sejam operadas remotamente.

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É bom saber também: a construção das subestações de transmissão de energia elétrica é determinada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por meio do Plano de Ampliação e Reforços (PAR). Uma vez incluídas no PAR, as subestações de transmissão são incluídas em lotes oferecidos em leilões de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já as subestações de distribuição de energia elétrica são construídas pelas distribuidoras e incluídas em suas respectivas bases de remuneração de ativos, avaliadas pela Aneel nos processos de revisão tarifária periódica.

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Os equipamentos mais comumente encontrados em subestações são barramentos, disjuntores, chaves, transformadores de força e de instrumentos, banco de capacitores, bancos de reatores, dispositivos de controle, medição e comando, alarmes, entre outros.

Incidentes em subestações já foram responsáveis por apagões. Em 1999, um problema iniciado em uma subestação da Cesp afetou dez estados brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Em 2018, um desligamento em parte do Norte e em todo o Nordeste do país foi causado pela programação considerada indevida de um disjuntor da subestação de Xingu da linha de transmissão 800 kV Xingu-Estreito, que escoa grande parte da geração da hidrelétrica de Belo Monte para o Sudeste do país, operada pela Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), para que a proteção pudesse atuar numa corrente de 4 mil A, embora a capacidade nominal do equipamento fosse de 5 mil A. De um total de 365 linhas de transmissão acima de 230 kV no Norte e no Nordeste, 359 saíram do sistema.