O que é: as UPGNs são plantas industriais para processamento de gás natural. O gás extraído dos campos de exploração é escoado por gasodutos até a UPGN, onde passa por um processo de purificação para ser transportado e distribuído até o consumidor final.
Como funciona: o gás natural bruto extraído da natureza é composto de 12 elementos químicos diferentes, principalmente metano, etano e propano. Na UPGN é feita a separação das frações pesadas (que inclui o propano) dos gases mais leves (como metano e etano), resultando em uma mistura mais pura para ser comercializada. Os principais produtos são o chamado gás seco e o Gás Natural Liquefeito (GNL). Na chegada à UPGN, o gás sofre compressão, elevando a pressão para permitir o processo de tratamento.
Histórico: a UPGN mais antiga em operação no Brasil localiza-se no município de Pojuca, na Bahia, que opera desde 1962 e tem capacidade de processar 2 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). A UPGN de Candeias, no mesmo estado, é a segunda mais antiga e opera desde 1972. Na década de 1980, mais cinco UPGNs foram construídas, com destaque para Cabiúnas, em Macaé (RJ), com capacidade nominal de 15,9 milhões de m³/d, atualmente a terceira maior do país.
Existem 14 UPGNs operando no Brasil em 2018, sendo cinco construídas no século XXI: Alagoas (Pilar – AL), Estação Vandemir Ferreira (São Francisco do Conde – BA), Cacimbas (Linhares – ES), Sul Capixaba (Anchieta – ES) e Caraguatatuba (Caraguatatuba – SP).
No âmbito regional, existem: uma na Região Norte, sete na Região Nordeste e seis na Região Sudeste. Apesar de ter uma UPGN a menos, a região Sudeste tem as unidades mais novas, com capacidade de processamento total três vezes superior à registrada em todas as localizadas na região Nordeste.
É bom saber também: A maior UPGN do Brasil é a de Caraguatatuba, no estado de São Paulo, com capacidade de processamento de 20 milhões de m³/d, a partir de campos offshore na Bacia de Santos. A segunda e a terceira maiores UPGNs do país estão localizadas na região Sudeste, nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, respectivamente.
As duas juntas representam 1/3 da capacidade de processamento do país. Apesar de existir apenas uma UPGN em operação na Região Norte, a UPGN Urucu, ela é uma das maiores do Brasil, com capacidade de processamento de 12,2 milhões de m³/d. Essa UPGN é responsável por fornecer gás natural para todas as termoelétricas da região de Manaus e para as indústrias da região.