Hidrogênio

Brasil faz esforço em renováveis e hidrogênio verde é promessa de sustentabilidade para a Europa, diz Marina Silva

A retomada dos acordos de cooperação entre a União Europeia e o Mercosul envolve uma série de ações entre ministérios e governos, mas acordos bilaterais já estão sendo estabelecidos, como para a produção de hidrogênio verde, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, a jornalistas após participação em painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Brasil faz esforço em renováveis e hidrogênio verde é promessa de sustentabilidade para a Europa, diz Marina Silva

A retomada dos acordos de cooperação entre a União Europeia e o Mercosul envolve uma série de ações entre ministérios e governos, mas acordos bilaterais já estão sendo estabelecidos, como para a produção de hidrogênio verde, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, a jornalistas após participação em painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Segundo a ministra, o país está fazendo um esforço para ser provedor de energia, a partir de uma matriz energética que tem a possibilidade de se tornar 100% renovável. “E isso é a base para produzir o hidrogênio verde, no contexto da insegurança climática que vive a Europa com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O hidrogênio verde é uma promessa de sustentabilidade para esses países”, disse Marina Silva.

A produção do hidrogênio verde no Brasil significa a oportunidade de atração de investimentos, empregos, e uma nova base tecnológica. “E isso significa oportunidades para o Brasil ser próximo [da UE] e, ao mesmo tempo, justo e sustentável”, completou Marina Silva sobre os acordos bilaterais.

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Fundo Amazônia 

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A retomada dos investimentos no Fundo Amazônia também está sendo tratada em Davos. Depois do retorno da Alemanha e Noruega, a ministra Marina Silva disse estar prospectando outras oportunidades.

Para captar os recursos de forma mais rápida, o governo brasileiro já tem realizado reuniões com instituições filantrópicas, entre elas, com uma entidade já estabelecida no país, que pretende ampliar o aporte de recursos, além da fundação do ator Leonardo Di Caprio, que mostrou a intenção de captar US$ 100 milhões para o fundo, e da fundação de Jeff Bezos, fundador da Amazon.

“É claro que a filantropia tem maior agilidade. Quando se trata de cooperação entre governos, você faz um ‘acordo quadro’ e depois você desdobra esse acordo. O que todos querem é agilizar os processos para ajudar o Brasil a dar respostas, que como eu disse, terão que ser respostas econômicas e sociais”, explicou a ministra.

Na lista das prospecções para o Fundo Amazônia, também está o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que se mostrou disposto a fazer uma parceria, num primeiro momento, com a disponibilização de equipes técnicas para acelerar os projetos.

O BID ainda possui um fundo não retornável com mais de US$ 20 bilhões para investimentos para a proteção da Amazônia. “Já discutimos algumas linhas de aporte de recursos, seja para fortalecimento institucional, seja para ampliar a governança climática, mas principalmente para trabalhar a certificação de cadeias produtivas”, disso Marina Silva.

Agenda positiva 

Outro ponto apresentado pela ministra aos jornalistas foi a criação de uma agenda positiva de sustentabilidade, para que investidores internacionais, que tenham rompido suas relações com o Brasil por questões ambientais, retomem os investimentos.

Nessa agenda, estão sendo trabalhadas as questões de incentivos, suporte tecnológico e reforma tributária.

“O ministro [Fernando] Haddad tem sinalizado essa agenda e a criação de instrumentos tributários para que os investidores tenham vantagens no encaminhamento dessas novas agendas. E vamos trabalhar também com o setor financeiro, para que eles criem regramentos que levem os empreendimentos para serem de bases sustentável”, disse Marina Silva.

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