O governador do Ceará, Elmano de Freitas, assinou nesta segunda-feira, 7 de agosto, um projeto de lei que institui a Política Estadual do Hidrogênio Verde e cria o Conselho Estadual de Governança e Desenvolvimento da Produção de Hidrogênio Verde. Agora, o texto segue para apreciação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará.
Até o momento, 31 memorandos de entendimento e três pré-contratos já foram assinados entre o Ceará e as empresas interessadas em instalar no Complexo do Pecém, mais especificamente na Zona de Processamento e Exportação, plantas para a produção e distribuição de hidrogênio verde.
A assinatura aconteceu durante encontro do governador com o CEO Global da Fortescue Future Industries (FFI), Mark Hutchinson. Também estiveram presentes na reunião outras autoridades, como os ex-governadores do Ceará, Cid Gomes, atual senador, e Izolda Cela, agora secretária-executiva do Ministério da Educação.
“Nós estamos enviando para assembleia um projeto de lei com várias iniciativas, desde a garantir prioridade, de celeridade, a facilitar que o mercado de hidrogênio verde se expanda no Ceará, no que diz respeito ao consumo e setores econômicos que deverão receber estímulos. Também a governança por meio de um conselho, formado por parte do estado, sociedade civil e setores que vamos convidar. A partir de hoje, entramos em uma nova fase. Nós tínhamos até aqui 31 memorandos. Agora, vamos buscar estabelecer prazos para que os investimentos aconteçam”, destacou Elmano de Freitas.
A Fortescue foi a primeira multinacional a assinar pré-contrato, no valor de US$ 6 bilhões para desenvolvimento de planta na Hub de H2V no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
Mark Hutchinson, CEO da empresa, afirmou que o grupo está empenhado para responder a urgente demanda mundial por energias renováveis.
“Somos a única empresa tocando 25 projetos [de energias renováveis] pelo mundo. Desses 25, cinco queremos acelerar bastante. O Brasil é um deles, sendo fundamental em nossos planos. O Brasil, diferente dos outros países mencionados, vai ter uma enorme vantagem por conta do preço barato da energia elétrica. Tenho total confiança que o estado do Ceará é o parceiro ideal. Já temos essa demanda na Coreia [do Sul], Japão, Cingapura. Toda a indústria global passa a se reinventar em torno do Hidrogênio”, apontou.