Hidrogênio

Mercado do hidrogênio no Brasil deve começar pela substituição do fóssil e neutralidade de carbono, avaliam especialistas

O plano de trabalho trienal do hidrogênio está em discussão dentro de consulta que termina no final de janeiro. Considerando as premissas colocadas, especialistas destacam que o

Mercado do hidrogênio no Brasil deve começar pela substituição do fóssil e neutralidade de carbono, avaliam especialistas

O plano de trabalho trienal do hidrogênio está em discussão dentro de consulta que termina no final de janeiro. Considerando as premissas colocadas, especialistas destacam que o país deve começar pela substituição do hidrogênio a partir do combustível fóssil e incluir um prazo para a neutralidade total das emissões de carbono.

O debate foi promovido pela Agência EPBR, no Antessala, na manhã desta quinta-feira, 12 de janeiro.

Eduardo Tobias, coordenador da força-tarefa da Absolar para hidrogênio verde, participou do debate e apontou que um plano de hidrogênio só é justificado se o objetivo for neutralidade de carbono.

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Dessa forma, a associação entende que a oportunidade de mercado não está sendo explorada em sua totalidade, uma vez que a premissa atual prevê a produção do hidrogênio e derivados a partir de fontes fósseis.

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“O que o cliente quer é um hidrogênio verde, renovável – expandindo um pouco mais o conceito para trazer a biomassa que faz sentido no nosso país – e não o hidrogênio cinza, ou do carvão com captura de carbono”, disse Tobias.

Segundo o executivo, o ponto de partida do planejamento deve ser a definição de metas de consumo para a substituição do hidrogênio fóssil, que representaria 2,3% das emissões globais de gás carbônico.

“Vamos começar do mais fácil, que é substituir o mercado e o consumo que já existe, essa é a primeira fronteira”, disse Eduardo Tobias.

Camilo Adas, presidente do conselho do SAE Brasil, concorda com esse primeiro passo que deve ser dado pelo país, mas aponta que a discussão ainda não está estruturada ou na velocidade ideal.

“Ainda tem que montar parque fabril, infraestrutura, tem até que fazer processo de treinamento para que especialistas tenham habilidade adequada para tratar dessa área de conhecimento, que queira ou não, nesse volume que está atingindo é nova. Poucos laboratórios, poucos institutos de pesquisa no Brasil que de fato têm conhecimento nessa tecnologia”, disse Adas.