O porto do Pecém, no Ceará, e o parceiro porto de Roterdã, nos Países Baixos, ampliaram a parceria de corredor verde para transporte de combustíveis como amônia verde e e-metanol até o porto de Duisburg, na Alemanha (Duisport).
Por meio de um memorando de entendimentos (MoU, na sigla em inglês), o Duisport se compromete a apoiar o Porto do Pecém em seu desenvolvimento e deve contribuir com sua experiência para expandir a conexão com o interior europeu.
O memorando também leva em consideração o potencial de geração de energia solar e eólica do Ceará e do Nordeste do Brasil, que pode se tornar um exportador chave de derivados de hidrogênio verde a preços competitivos. Também destaca o papel central dos Países Baixos em conectar os suprimentos brasileiros de combustíveis alternativos à Alemanha. O Porto de Rotterdam espera importar cerca de 18 milhões de toneladas de hidrogênio e derivados até 2050.
“O acordo assinado hoje marca um passo significativo rumo à transformação verde da indústria na Alemanha e na Europa. O estabelecimento de cadeias de fornecimento estáveis possibilita a descarbonização sustentável e fortalece a resiliência e competitividade da economia. O Porto de Duisport atua como um hub logístico central no coração da Europa e fará uma contribuição importante para a transição energética”, declarou em nota o presidente do Duisport, Markus Bangen.
Sobre o projeto de corredor verde do Pecém
O corredor verde foi formalizado entre o Pecém e o porto de Roterdã em maio de 2023, com o objetivo de conectar o Ceará e o Nordeste brasileiro, com potencial de se tornarem área produtora de combustíveis renováveis, ao mercado europeu.
“Expandi-lo para a Alemanha fortalece nossa competitividade e amplia o mercado europeu para o hidrogênio verde produzido no Ceará”, avalia em nota o presidente do Complexo Pecém, Hugo Figueirêdo. Além de parceiros no projeto do corredor verde, o porto Roterdã tem 30% de participação no porto de Pecém.
Ao transportar combustíveis de baixa emissão de carbono que podem substituir os combustíveis fósseis, o corredor verde busca apoiar os objetivos de descarbonização e segurança energética da Europa, em alinhamento com as metas climáticas do continente. Também busca apoiar a transição energética do Brasil, ao apoiar o desenvolvimento de projetos de geração de energia renovável no país.
“Este acordo é um passo fundamental para conectar regiões estratégicas na produção e consumo de energia limpa, e para apoiar a transição energética e a geração de energia verde brasileira”, declarou em nota a vice-governadora do Ceará, Jade Romero.