Inovação

Setor de energia brasileiro poderia reduzir emissões em 130 milhões de ton/ano com CCS

A captura e armazenamento de carbono (CCS) pode reduzir as emissões do setor de energia brasileiro, provenientes de fontes fósseis, em cerca de 130 milhões de toneladas por ano. O dado é do 1º Relatório Anual da CCS Brasil, organização sem fins lucrativos.  Para atingir essa redução nas emissões, a instituição sugere implementação da tecnologia no segmento de geração de energia, em aplicações industriais e na produção de combustíveis. Além disso, a organização aponta que a captura de CO₂ pode configurar em uma tecnologia de remoção de carbono da atmosfera, quando acoplada à biomassa (BECCS).

Setor de energia brasileiro poderia reduzir emissões em 130 milhões de ton/ano com CCS

A captura e armazenamento de carbono (CCS) pode reduzir as emissões do setor de energia brasileiro, provenientes de fontes fósseis, em cerca de 130 milhões de toneladas por ano. O dado é do 1º Relatório Anual da CCS Brasil, organização sem fins lucrativos. 

Para atingir essa redução nas emissões, a instituição sugere implementação da tecnologia no segmento de geração de energia, em aplicações industriais e na produção de combustíveis. Além disso, a organização aponta que a captura de CO₂ pode configurar em uma tecnologia de remoção de carbono da atmosfera, quando acoplada à biomassa (BECCS).

“Além das reservas de petróleo e gás natural, o país possui indústrias-chave que são consideradas difíceis de descarbonizar, como siderurgia, cimento, química e fertilizantes, que podem ser beneficiadas pela cadeia de CCS. O Brasil também possui uma forte vocação para a produção de etanol, que tende a crescer nos próximos anos, e com a qual a captura de CO₂ pode contribuir para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e ajudar na transição para uma economia de baixo carbono”, diz o documento.

Em outro trecho, o destaque é para a formação do mercado de hidrogênio, com grande capacidade para a sua produção de baixo carbono, e que pode ser utilizado como combustível limpo em diversos setores. 

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Em 2021, a CCS estima que o Brasil emitiu cerca de 1,6 bilhões de toneladas de CO₂, com 25,3% oriundos da produção de energia, 5,2% de processos industriais, 1,9% da agropecuária e 0,04% de resíduos.

A implantação de projetos com a tecnologia de captura e armazenamento de carbono nos setores do estudo, poderia resultar numa arrecadação para o país de cerca de US$ 14 bilhões por ano, em um cenário conservador e no qual a tonelada do crédito de carbono foi calculada a US$ 70 por tonelada. Já para um cenário positivo com o preço do crédito de carbono a US$ 100 por tonelada, a receita brasileira poderia chegar aos US$ 20 bilhões.  

Para que o país consiga reduzir suas emissões e passe a obter lucros com a tecnologia, a CCS Brasil aponta a necessidade de políticas de incentivos à redução de emissões, criação de metodologias de certificação de redução de emissões atualizadas e que considerem as tecnologias de captura e armazenamento de carbono, além de discussões entre as entidades certificadoras de créditos de carbono.