Inovação

Unicamp terá centro para produção de baterias para carros elétricos

O Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai desenvolver o Centro de Manufatura de Baterias (CMB), que vai estudar o processo produtivo de células individuais de baterias de lítio e sódio, utilizadas em veículos elétricos e híbridos. Atualmente, não há produção deste componente no Brasil.

Unicamp terá centro para produção de baterias para carros elétricos

O Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai desenvolver o Centro de Manufatura de Baterias (CMB), que vai estudar o processo produtivo de células individuais de baterias de lítio e sódio, utilizadas em veículos elétricos e híbridos. Atualmente, não há produção deste componente no Brasil.

O CMB foi selecionado para receber R$ 9 milhões em uma chamada pública do Rota 2030, programa lançado em 2018 pelo governo federal e que se converteu no programa de Mobilidade Verde (Mover) no final de 2023.

O centro deverá estar operacional no final de 2024, após o recebimento de equipamento importado da Itália para a produção de células cilíndricas. O físico Hudson Zanin, que é professor da Unicamp e coordenador geral do projeto, avalia que o CMB deverá aprimorar o ecossistema para o desenvolvimento da mobilidade elétrica no país. Segundo a universidade, um carro elétrico pode ter mais de mil células individuais, cada uma entre 3 e 4 volts.

O CMB deverá atuar como um centro multiusuário, com parcerias de empresas e outros institutos de pesquisa. Nos primeiros anos de atuação, a equipe centrará seus esforços para fazer uma prova de conceito, com análise da viabilidade técnica e econômica. Depois, o centro poderá funcionar também como um local para manufatura e testes de validação e certificação da segurança das baterias – para uso tanto em veículos elétricos, como em computadores ou celulares.

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Entre as possíveis empresas que já manifestaram interesse pelo CMB, estão Bosch, Toyota, Volkswagen, Raízen e Merck. “Elas ofereceram uma carta de apoio e vão acompanhar os resultados de perto”, diz o professor. “Queremos montar um negócio para todos poderem utilizar, não apenas o nosso grupo de pesquisa. Vamos tentar ao máximo não cobrar nada de ninguém, mas os consumíveis importados poderão ter um custo”, informa.

Participam também do centro, desde a sua etapa inicial, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).