A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou o resultado do leilão de transmissão realizado em 30 de junho. O certame licitou 5.425 quilômetros de linhas de transmissão, 6.180 MVA em potência de transformação, em 13 estados, com previsão de investimentos de R$ 15,3 bilhões e de geração de quase 31,7 mil empregos. O prazo das obras varia entre 42 e 60 meses.
A maior parte dos recursos – R$ 12,2 bilhões – são de projetos concentrados em três lotes que irão reforçar a capacidade de transmissão do norte de Minas Gerais, que concentra um grande volume de projetos de geração solar fotovoltaica.
O certame foi marcado por intensa disputa em quase todos os lotes ofertados, e terminou com um deságio médio de 46,16% em relação à receita anual permitida (RAP) máxima estabelecida pelo edital, de R$ 2,24 bilhões.
O leilão contou com 26 interessadas, distribuídas em 18 empresas isoladas e oito consórcios, resultando em 92 inscrições. Não houve recurso contra a habilitação de proponentes vencedoras.
A maior vencedora foi a Neoenergia, que levou dois lotes, entre eles o maior do dia, que envolve R$ 4,9 bilhões em investimentos. Além da companhia, também saíram vencedoras a Cteep, Zopone Engenharia, Sterlite, Engie, Eletronorte, Taesa, Energisa, Consórcio Verde (Cymi e Brookfield) e o Consórcio Norte
As empresas deverão entregar a documentação técnica das Sociedades de Propósito específico até 30 de agosto, e aportar as garantias de fiel cumprimento até 6 de setembro.
Esse é o primeiro certame em que a Aneel exige o pagamento pelos custos dos estudos como condicionante para assinatura dos contratos de concessão, valores que deverão ser comprovados até 20 de setembro. A assinatura dos contratos está agendada para 30 de setembro.
