Dez empresas foram habilitadas para disputar o 4° leilão de venda de 37,5 milhões de barris de petróleo pertencentes à União dos campos de Mero e Búzios. A Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção, definiu nesta segunda-feira, 29 de julho, o limite mínimo de preço para os lotes, com expectativa de arrecadação de R$ 15 bilhões, recursos que vão ingressar nas contas do Tesouro Nacional e podem seguir para o Fundo Social.
Foram habilitadas para o certame a Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International Brazil Trading, PRIO Comercializadora, Shell Trading Brasil e a TotalEnergies EP Brasil – que podem fazer ofertas para apenas um ou para todos os lotes. Segundo a diretora técnica e Presidente Interina da PPSA, Tabita Loureiro, este será o leilão com maior número de competidores habilitados.
“Só o número inédito de empresas habilitadas já demostra um interesse maior do mercado e esperamos competição nos lotes”, disse Tabita.
As empresas habilitadas atenderam a todos os requisitos do edital e tiveram sua documentação aprovada pela comissão do leilão. Até então, o maior número de empresas habilitadas foi no 3º Leilão, em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três apresentaram lances.
PPSA: Limites de preços
Os 37,5 milhões de barris de petróleo estão divididos em três lotes do campo de Mero e um lote do campo de Búzios. Mero é o terceiro maior campo de petróleo do Brasil em volume e, assim como o campo de Búzios, está localizado no pré-sal da Bacia de Santos.
O limite mínimo da primeira etapa para os lotes de Mero será igual ao valor do petróleo Brent menos US$ 4,40, enquanto o limite mínimo da primeira etapa do lote de Búzios será igual ao valor do Brent menos US$ 4,25.
Segundo a PPSA, os valores deste leilão apresentam desconto em relação ao Brent datado pelo fato de o petróleo estar sendo comercializado na plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo (FPSO, na sigla em inglês).
“O ganhador do leilão fica com a responsabilidade de buscar o petróleo no FPSO e arcar com todos os custos logísticos para levar a carga até o mercado final”, disse a estatal, afirmando que a operação envolve custos de alívio, inspeção, transbordo e frete de longo curso, dentre outros.
Durante o leilão, caso os preços fiquem próximos na abertura das propostas, a etapa seguinte será viva-voz, onde cada empresa habilitada pode oferecer um valor abaixo desse limite mínimo de preço estabelecido pela PPSA para conseguir vencer.
(Com informações da Agência Brasil)