A Cteep arrematou o Lote 3 do leilão de transmissão dessa quinta-feira, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 285,7 milhões, deságio de 46,75% em relação ao teto estabelecido pelo edital, de R$ 536,6 milhões.
A EDP ofereceu uma RAP de R$ 296 milhões, deságio de 44,84%, e se habilitou para disputar o ativo no viva-voz contra a Cteep. No entanto, declarou não haver interesse em melhorar a proposta apresentada antes.
Além das duas proponentes, também fizeram propostas a Neoenergia (deságio de 42,32%), Celeo Redes (-35,69%), Sterlite (-40,31%), Taesa (-42,72%), e os consórcios Olympus XII, composto por Equatorial, Mercury e Alupar (-21,73%) e Canastra, composto por Engie e Copel (-37,8%).
O projeto envolve 1,139 km em linhas de transmissão e2,250 MVA de capacidade entre Minas Gerais e Espírito Santo, a fim de aumentar a capacidade de escoamento da geração do Norte de Minas Gerais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que serão necessários investimentos da ordem de R$ 3,6 bilhões.
O empreendimento terá prazo de 60 meses para entrar em operação, e as obras devem criar 7,307 empregos.
No total, o certame vai contar com 13 lotes e deve envolver R$ 15,3 bilhões em investimentos. Serão licitados 5.425 km em linhas de transmissão e 6.180 MVA de capacidade de transformação.
Os empreendimentos deverão entrar em operação comercial no prazo de 42 a 60 meses, e estão localizados em 13 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia.
A receita anual permitida (RAP) dos projetos é de cerca de R$ 2,2 bilhões. Vencerão os proponentes que oferecerem maior deságio em relação à receita máxima estabelecida para cada lote pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).