Leilões

Usinas merchant são solução em novo modelo de contratação de reserva, diz Ribeiro da Eneva

28/11/2007-Plataforma P-52 começa a produzir no Campo de Roncador. Foto: Stéferson Faria
28/11/2007-Plataforma P-52 começa a produzir no Campo de Roncador. Foto: Stéferson Faria

A utilização de usinas merchant, seja para oferta adicional termelétrica, seja para o próximo leilão de reserva de capacidade, marcado para 21 de dezembro, colocam essas usinas sem contratos de energia como uma solução para aumento de potência do sistema.

Dessa forma, a energia passa a ser um recurso do vendedor. “As térmicas vêm mudando o objetivo de contratação. Historicamente, elas foram contratadas no ambiente regulado, mas neste ano fica diferente, porque elas prestam um serviço de bem público e de confiabilidade, o que é bom para o ambiente livre também”, conta Lucas Ribeiro, coordenador de Regulação da Eneva.

Para o certame de dezembro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 132 projetos, somando quase 50,7 GW de capacidade, dos quais, 49,6 GW da fonte termelétrica – gás natural, carvão mineral e óleo combustível.

“Essa já é uma forma de separação de lastro e energia e as termelétricas exercem essa confiabilidade sistêmica. Em dezembro será um leilão quase que exclusivo de térmicas, com 50 GW da oferta cadastrada. A gente está percebendo que essa modalidade deve proporcionar mais usinas merchant no setor, e esse é mais um “trigger” de operação dessas usinas”, complementou Ribeiro.

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Sobre o mercado

Sobre a integração dos setores de gás e elétrico, Symone Araújo, diretora da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), afirma que “depois da sanção da nova Lei do Gás, resta à ANP um papel, que é o de dar tração e velocidade a essa reforma. A velocidade das reformas dependerá da capacidade de resposta da ANP”. Para ela, essa integração faz parte de uma sequência de ciclos de abertura no setor.

Nesse sentido, Bruno Chevalier, CEO da Marlim Azul Energia, e Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie Brasil, concordam que a integração entre os segmentos deve estar ligada também à integração com a indústria, uma vez que ela representa o maior cliente do gás.

A diretora e os executivos participaram de painel sobre o setor de gás no evento “Brazil Energy Frontiers 2021”, realizado pelo Instituto Acende Brasil nesta quinta-feira, 21 de outubro.

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