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Google faz homenagem para a engenheira Enedina Marques

O Google faz homenagem nesta sexta-feira, 13 de janeiro, Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra a se diplomar no Sul do Brasil pela Faculdade de Engenharia do Paraná em 1945, aos 32 anos. A publicação celebra a data do que seria seu 110º aniversário.

Google faz homenagem para a engenheira Enedina Marques

O Google fez homenagem nesta sexta-feira, 13 de janeiro, Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra a se diplomar no Sul do Brasil pela Faculdade de Engenharia do Paraná em 1945, aos 32 anos. A publicação celebra a data do que seria seu 110º aniversário.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) destaca em diversos artigos que Enedina Marques foi responsável por obras importantes no estado, entre elas o levantamento topográfico da hidrelétrica Capivari-Cachoeira.

Tornou-se a auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas em 1946 e, no ano seguinte, foi transferida para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica, onde trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná.

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Enedina faleceu em 1981.

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Biografia 

Além disso, a UFPR aponta sua dedicação aos estudos e a coragem para romper barreiras. A biografia da engenheira foi tema de um trabalho de conclusão do curso de História – Memória e Imagem da UFPR, elaborado pelo aluno Jorge Luiz Santana, em 2011.

O estudo também aponta que a adolescência de Enedina foi marcada com trabalho doméstico em casas de famílias e a diplomação em professora normalista em 1931. Em 1935, lecionava quando voltou a estudar para se qualificar em 1937 e depois no curso Complementar de Pré-Engenharia entre os anos de 1938 e 1939.

Enedina Alves Marques foi homenageada por dois anos consecutivos, em 2018 e 2019, pela UFPR. Em 2018, ela foi homenageada com uma placa no prédio administrativo do Setor de Tecnologia, e em 2019, com uma placa de inauguração da nova biblioteca da Casa do Estudante Universitário do Paraná (CEU).

Além disso, o pioneirismo de Enedina inspirou alunos de engenharia da UFPR nas manifestações do Coletivo de Estudantes Enedina Alves Marques, que defende o feminismo negro, e do Núcleo de Pesquisa de Relações Raciais, Ciência e Tecnologia (Nupra), para viabilizar pesquisas na área com viés racial.

No ano de 2000, foi imortalizada no Memorial à Mulher ao lado de outras 53 mulheres pioneiras do Brasil. Em 2006, na fundação do Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, em Maringá.