A empresa 2W Energia, que atua no mercado de comercialização de energia elétrica há quase 10 anos, está se estruturando para aproveitar a próxima onda de migração ao ambiente de contratação livre (ACL), que deverá ser puxada por pequenas e médias empresas.
Para isso, montou um plano que passa pela ampliação de iniciativas comerciais e pela entrada no segmento de geração de energia renovável, a ser financiada, em parte, por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3.
Embora já tenha uma base de clientes consolidada – são 953, atualmente –, a 2W Energia quer crescer no “varejo”, entre pequenas e médias empresas que consomem até 2 MW médios por mês. De olho nesse nicho, a comercializadora lançou a plataforma “Economia Garantida”.
Por meio desse canal, 100% digital, os consumidores podem simular planos de adesão ao ACL para prazos de três, cinco ou dez anos, contratar os serviços, e efetivar a migração. São oferecidos descontos de até 30% ante os preços praticados pelas distribuidoras no mercado cativo. Até 2024, o objetivo é capturar cerca de 1 mil novos clientes. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Cemig tem interesse em prorrogar concessões de usinas fora do regime de cota
O Diário do Comércio, de Minas Gerais, informa que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem interesse em prorrogar as concessões das usinas hidrelétricas Emborcação e Nova Ponte pelo regime de produção independente, fora do regime de cotas, segundo comunicado da empresa divulgado ontem (20/07).
A declaração de interesse foi protocolada pela subsidiária de geração e transmissão Cemig GT na última sexta-feira (17/07), visando assegurar o direito “à eventual prorrogação dos contratos de concessão sob novas condições, ainda pendentes de definição”.
A Cemig GT possui as concessões de ambas as usinas até 23 de julho de 2025. A hidrelétrica Emborcação possui potência instalada de 1.192 megawatts (MW), enquanto a usina Nova Ponte tem potência instalada de 510 MW. (conteúdo Reuters)
Teles investem em energias renováveis
Reportagem publicada hoje (21/07) pelo Valor Econômico mostra que a busca por um ambiente saudável, redução de custos e economia sustentável tem multiplicado o número de usinas construídas para empresas privadas. O movimento multissetorial atraiu todas as operadoras de telecomunicações nos últimos anos.
As teles têm ampliado o investimento em eficiência energética e geração distribuída de energia – gerada no local de consumo ou próximo a ele, a partir de fontes renováveis. Instalam suas usinas em todo o país, gerando, cada uma delas, capacidade suficiente para abastecer cidades inteiras.
Os planos atuais das teles são para gerar diretamente até 80% da energia de baixa tensão consumida por seus milhares de pontos, como escritórios, prédios, antenas, equipamentos de telecomunicações e lojas.
Segundo a reportagem, a Vivo, controlada pela Telefônica Brasil, será capaz de atender a mais de 35 mil de suas unidades consumidoras. O projeto da companhia prevê acima de 70 usinas em todo o país até 2021, com fontes solar (61% do total), hídrica (30%) e de biogás (9%). Dez já estão em operação em Minas Gerais, São Paulo e no Mato Grosso. Com a conclusão do projeto, a Vivo produzirá em torno de 670 mil megawatts hora (MWh) por ano de energia.
A Oi, por sua vez, prevê economia de R$ 400 milhões por ano em gastos com energia ao completar seu projeto de 25 usinas solares em 17 estados até dezembro, na modalidade de geração distribuída. Em recuperação judicial, a Oi garante que terá uma matriz energética 100% sustentável em 2022.
A TIM planeja expandir o consumo desse tipo de fonte para 60% até o fim de 2020 e 70% até 2025. Já a Claro afirma que até 2021, vai gerar 80% da energia que consome, mais de 600 mil MWh/ano. Seu programa com uso de fontes renováveis foi lançado em 2017 e já conta com mais de 30 usinas no país. Em junho, recebeu quatro usinas solares em Taubaté (SP), da EDP, e uma no Piauí, da GreenYellow.
Engie e fundo CDPQ pagam R$ 1 bilhão pelos 10% da Petrobras na TAG
Após comprar 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG) da Petrobras, em junho de 2019, o consórcio formado pela Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) conclui ontem (20/07) a aquisição dos 10% remanescentes da estatal no ativo, que reúne 4,5 mil quilômetros de gasodutos nas regiões Norte e Nordeste.
A transação garantiu a entrada de R$ 1,006 bilhão no caixa da petroleira brasileira. Com o negócio, a Engie passa a deter 65% da TAG (divididos igualmente entre a Engie Brasil Energia e a GDF International) e o CDPQ, 35%. As duas empresas tinham o direito de preferência na aquisição, depois de terem pago, juntas, R$ 33,5 bilhões pelos 90% da transportadora. Até ontem, a Engie detinha 58,5% e o fundo canadense outros 31,5% da TAG.
A Petrobras, por sua vez, deixa por completo o ativo, como parte do compromisso assumido com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para sair integralmente do transporte de gás natural até 2021. As informações são do Valor Econômico.
Leilão de plataformas para descomissionamento está agitando mercado e estaleiros vazios
O portal Petronotícias informa que foi confirmado para a próxima sexta-feira (24/07) o leilão internacional de três Plataformas da Petrobrás: P-7, P-12 e P-15 para serem descomissionadas.
A reportagem explica que no Brasil encontram-se em operação 160 unidades offshore, das quais, cerca de 42% estão operando há mais de 25 anos. Existem 74 plataformas fixas programadas para descomissionamento. Entre 15 a 20 dessas plataformas deverão ser descomissionadas a partir de 2021.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição desta terça-feira (21/07) do jornal O Estado de S. Paulo é a reforma tributária. O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresenta hoje ao Congresso a primeira parte da sua proposta de reforma tributária. O projeto unifica PIS e Cofins, dois tributos federais que incidem sobre o consumo e que são regulados atualmente por um cipoal de regras que dificulta o pagamento pelas empresas e estimula disputas judiciais.
De acordo com a reportagem, a fixação de uma alíquota única sobre bens e serviços já colocou de lados opostos indústria e serviços – que só aceita uma reforma tributária se houver redução nos impostos pagos sobre a folha dos funcionários. O comércio considera que a simplificação do PIS/Cofins é um bom início, mas é preciso mexer na tributação da renda. Já o setor agropecuário quer evitar que haja aumento na sua carga tributária para compensar o alívio para os outros segmentos.
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Foram divulgaram ontem (20/07) resultados promissores de vacinas contra a covid-19, mostrando que os produtos foram capazes de gerar resposta imune em voluntários. Não é, ainda, uma comprovação de eficácia, mas a notícia gerou expectativa otimista com os testes clínicos que estão em andamento.
Uma das vacinas foi criada pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Em estudo publicado ontem na revista médica The Lancet, cientistas relataram que ela é segura, tem poucos efeitos colaterais e estimulou tanto a produção de anticorpos quanto a de células do sistema imune contra o novo coronavírus.
Além dela, há apenas outra imunização em fase 3 (última etapa antes da aprovação final): a desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, feita a partir de vírus inativados. Ambas têm testes previstos no Brasil, um polo de interesse nessa área devido às altas taxas de infecção. Esse é o destaque de hoje dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.
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O Valor Econômico informa que a Via Varejo, maior rede de produtos eletroeletrônicos do país, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, comunicou ontem, em sua conta oficial no Twitter, crescimento expressivo das vendas no terceiro bimestre em relação a igual período do ano passado.
Segundo a reportagem, a publicação, feita às 9h47, foi apagada cerca de uma hora depois – tempo suficiente para gerar reação forte na Bolsa, em dia de vencimento de opções de ações. Os papéis ficaram entre as 20 opções mais negociadas. O movimento chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que abriu um processo para investigar o caso.