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3R Petroleum surpreende e acirra disputa por Urucu – Edição da Manhã

A disputa pelo polo Urucu, maior reserva de gás natural em terra do país colocada à venda pela Petrobras, ficou acirrada, informa o Valor Econômico. A 3R Petroleum foi agressiva no lance pelas concessões no Amazonas, oferecendo US$ 1 bilhão (R$ 5,13 bilhões), valor 67% acima da proposta da Eneva, que ofereceu cerca de US$ 600 milhões (R$ 3,08 bilhões), conforme apurou a reportagem.

A diferença surpreendeu executivos envolvidos na disputa. Nos processos de desinvestimento da estatal, as disputas entre proponentes costumam se dar entre valores mais próximos. No caso de Urucu, o entendimento inicial do setor era que a Eneva poderia dar o maior lance uma vez que já opera o campo de Azulão no Amazonas e teria mais sinergias e conhecimento da área.

Segundo a reportagem, a disparidade entre os dois lances chegou a levantar questionamentos na concorrência sobre a capacidade de a 3R arcar com o lance. Há dois anos, a petroleira fez a maior proposta e levou o polo de Riacho da Forquilha, com 34 campos terrestres no Rio Grande do Norte. Um ano depois, não tinha acertado o financiamento e foi desclassificada. A Petrobras teve de vender para o segundo colocado, com menos US$ 64 milhões no bolso mais as despesas de operação do prazo transcorrido.

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Aneel e CCEE realizam leilão de energia existente “A-1”

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira (04/12), às 10h, o leilão nº 6/2020 de energia existente “A-1”. O certame será operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por meio de sistema eletrônico.

Serão negociados contratos por quantidade de energia elétrica, de qualquer fonte, para dois anos de suprimento (entre 1º de janeiro de 2021 e 31 dezembro de 2022). O preço inicial do leilão será R$ 160 por megawatt-hora (MWh).

Petroleiras veem transformação no país

Na edição 2020 da Rio Oil & Gas, uma das maiores feiras do setor na América Latina, realizada esta semana pela primeira vez de forma virtual, o assunto da transformação do mercado brasileiro dominou a pauta dos debates, conforme esta reportagem do Valor Econômico.

Executivos das principais petroleiras do mundo, que participaram do evento, saíram em defesa de melhorias no ambiente regulatório e da importância de o Brasil manter o ritmo da abertura do refino e do gás. E, olhando para a transição energética, uma tendência do setor a nível global, reforçaram a posição estratégica do país – que oferece oportunidades tanto em óleo quanto em renováveis.

Na visão de executivos do setor, a transição rumo a fontes de energia menos poluentes é uma oportunidade para o Brasil atrair investimentos não somente em renováveis, mas também no próprio setor de petróleo. O gerente-executivo de águas ultraprofundas da Petrobras, Joelson Falcão Mendes, destacou que o pré-sal tem custos de extração competitivos para se manter como fonte importante no mercado global, frente à queda esperada do consumo de óleo nas próximas décadas, além de teores de enxofre baixos – motivo pelo qual as exportações da estatal vêm tendo boa entrada no mercado global, sobretudo na Ásia.

Empresas como a Equinor e Shell reforçaram o interesse pelo mercado brasileiro de energias limpas. O presidente global da norueguesa Equinor, Anders Opedal, afirmou que a empresa tem interesse em projetos de geração eólica em alto-mar no Brasil. O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, acredita que o país tem potencial para assumir um papel relevante dentro da estratégia de transição energética das petroleiras.

Presidente Bolsonaro pede economia de energia

Em transmissão pela internet, ontem (03/12), ao lado dos Ministros do Meio Ambiente e de Minas e Energia, o presidente Jair Bolsonaro pediu que os brasileiros economizem energia elétrica.

O pedido de Bolsonaro ocorre dois dias depois de o governo anunciar aumento das tarifas em contas de energia e estabelecer a bandeira vermelha 2 para dezembro. “A gente pede que você apague uma luz para evitar desperdício, tome banho um pouquinho mais rápido”, disse Bolsonaro. (UOL – o link inclui vídeo)

PANORAMA DA MÍDIA

O crescimento de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) entre julho e setembro é o principal destaque da edição desta sexta-feira (04/12) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo. No entanto, a expansão da economia no terceiro trimestre do ano ainda não foi o suficiente para zerar as perdas sofridas no auge da pandemia de covid-19.

A equipe econômica do governo acredita que esse desempenho garante um 2021 de crescimento, sem a necessidade de auxílios. Especialistas ponderam, no entanto, que as incertezas sobre uma nova onda de covid no país e dúvidas sobre o futuro processo de vacinação da população podem comprometer o ritmo dessa recuperação.

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As primeiras vacinas contra a covid-19 chegaram ao mercado e investidores em ações começam a apostar em ganhadores dessa nova fase do combate à pandemia, destaca o Valor Econômico. Na Bolsa de São Paulo (B3), ações duramente penalizadas no início da crise sanitária agora estão em forte alta. O efeito vacina se dá principalmente no setor aéreo e no de turismo.

Conforme explica a reportagem, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 17% desde o início de novembro, as ações preferenciais das companhias aéreas Azul e Gol tiveram altas de 88% e 75%, respectivamente. Nesse período, as ações ordinárias (ON) da agência de turismo CVC tiveram valorização de 75% e as ON da Embraer, 55%. Só ontem, Embraer subiu 11,05%; Gol, 8,79%; CVC, 7,55% e Azul, 4,34%.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o inquérito sigiloso aberto em abril para apurar a organização e o financiamento de manifestações contra a democracia revela que um negócio muito lucrativo estava por trás dos protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso. A investigação descobriu que informações usadas por uma rede de canais no YouTube, incentivando esses atos no país, saíram de dentro do Palácio do Planalto.

De acordo com a reportagem, essa chamada “rede do ódio” registrou faturamento em torno de R$ 100 mil mensais, chegando até a R$ 1,7 milhão, num período de dez meses. A conclusão consta de inquérito com 1.152 páginas, ao qual o Estadão teve acesso.

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