A promessa do governo federal de publicar em junho um pacote de medidas que resultará na abertura do mercado de gás natural levou otimismo à indústria química brasileira, informa o Valor Econômico. Maior consumidor de gás para fins energéticos no país, o setor avalia que iniciativas dessa natureza geram um ambiente favorável para o retorno dos investimentos, que recuaram aos níveis do início da década de 90.
A reportagem destaca que, nas próximas semanas, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve editar uma resolução com medidas concretas para a abertura desse mercado, incluindo a possibilidade de compartilhamento de infraestrutura – por exemplo, gasodutos e terminais de liquefação e regaseificação usados pela Petrobras. O objetivo também seria impedir a cartelização do setor, já que hoje a Petrobras compra o gás natural de grandes distribuidores a um preço bem mais baixo do que pratica no mercado.
Abradee foca agora em distribuição, geração distribuída e mercado livre
O Valor Econômico traz hoje (27/05) uma reportagem sobre a agenda de trabalho do novo presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abredee), o engenheiro Marcos Aurélio Madureira da Silva, que já foi diretor de distribuição da Eletrobras e presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Madureira da Silva assumiu na semana passada e pretende levar ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma proposta sobre o fim da bitributação de PIS e Cofins, que é cobrado sobre o valor recolhido nas faturas dos consumidores para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o fundo responsável pelos subsídios no setor elétrico, e depois na transferência dos recursos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), gestora do fundo, aos beneficiários desses subsídios.
O Valor destaca que outro tema na pauta da Abradee é a discussão liderada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em torno de regras para a microgeração distribuída, uma das grandes transformações em andamento no setor elétrico, por causa das mudanças tecnológicas que podem viabilizar o armazenamento em baterias e pela potencial perda de mercado para distribuidoras.
PANORAMA DA MÍDIA
Atos favoráveis a medidas do governo do presidente Jair Bolsonaro foram registrados ontem (26/05) em 156 cidades de todos os 26 estados e do Distrito Federal. Nas ruas, foram defendidas pautas como a reforma da Previdência, a Medida Provisória (MP) 870 – reorganização da estrutura dos ministérios – e o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. O levantamento de cidades foi feito pelo portal de notícias G1/Globo.
A Polícia Militar e os organizadores não divulgaram estimativas de público no Rio de Janeiro e em São Paulo, as duas maiores cidades que receberam atos. Esta é a abertura da reportagem do jornal O Globo sobre as manifestações de rua realizadas ontem (26/05) por apoiadores do presidente Bolsonaro, que também foram destaque nos principais jornais do país.
A Folha de S. Paulo informa que, além da defesa das propostas do governo que tramitam no Congresso, “alguns grupos enfatizavam mensagens a favor do fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso”. O Estado de S. Paulo ressalta que as críticas feitas ao Congresso e ao Centrão, grupo suprapartidário que reúne cerca de 200 parlamentares, foram personificadas no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os atos foram classificados pelo presidente Bolsonaro como “espontâneos”.
Para o presidente, os atos foram “recado contra velhas práticas”, diz o Correio Braziliense. O jornal informa que o chefe do Executivo se manifestou e apoiou as manifestações, que ocorreram em todo o Brasil, através das redes sociais.
Já a principal reportagem do Valor Econômico de hoje (27/05) é sobre a disposição favorável das empresas que captam recursos na Bolsa de Valores. “Estão no forno R$ 35 bilhões em ofertas iniciais de ações (IPO) e subsequentes (“follow- ons”) para os meses de junho e julho. Em todo o ano passado, essas captações somaram R$ 6,8 bilhões. Neste ano, até agora, são R$ 6,9 bilhões.”
O jornal informa que a lista é composta por CPFL Energia, Light, Neonergia, Alupar, a resseguradora IRB, o grupo educacional Afya e várias empresas controladas, direta ou indiretamente, pela União, como Petrobras, BR Distribuidora e Banco do Brasil (BB).